Apresentação dos alunos de teatro da Escola de Artes chama a atenção das pessoas no Centro da cidade
Com um cortejo que saiu da galeria de artes Álvaro Santos, até o calçadão da João Pessoa, no Centro da cidade, os alunos cantaram músicas alegres e tocaram instrumentos musicais, feitos por eles mesmos, chamando a atenção e atraindo os olhares de todos. “Uma vez na rua a gente tem que prender a atenção de quem passa. E dominando a rua, facilmente eles irão dominar o palco”, ressaltou a professora Tetê Nahas.
Segundo ela, o objetivo principal dessa interferência pública é poder mostrar a população a criatividade dos alunos, a capacidade de interpretação, a expressão corporal, a projeção vocal e o domínio de espaço. “Esta é a primeira interferência pública deles, chamada também de esquetes, que são pequenos textos teatrais. Hoje o grupo irá encenar de forma cômica, as dificuldades que os idosos enfrentam no dia-a-dia e a discriminação que as crianças portadoras de deficiência sofrem por parte dos próprios familiares”, explicou Tetê.
Estudando teatro desde o mês de março, os iniciantes às artes cênicas estavam super ansiosos com a primeira apresentação em público. “Estou adorando, sempre tive o sonho de fazer teatro e já que apareceu a oportunidade, quero agarrar com unhas e dentes. Espero que a nossa primeira interferência seja muito boa”, disse a aluna Gilvânia dos Santos, pouco antes de ganhar as ruas do Centro da cidade.
Nem mesmo a chuva foi capaz de impedir que os transeuntes mais curiosos parassem para prestigiar a apresentação. “Foi muito engraçado, adorei a encenação. Os alunos estão de parabéns”, garantiu o aposentado José Carlos Santana, 61 anos.
“Eu gostei muito desta apresentação. Eles são muito engraçados. É bom porque a gente se diverte enquanto vem resolver nossas coisas aqui no centro”, disse a dona de casa Jacira Alves, 39 anos, moradora do bairro Castelo Branco.
Acesso ao teatro
É prática de toda escola de teatro realizar dinâmicas em ambientes abertos a um grande número de espectadores. “Realizamos estes trabalhos em locais públicos para desinibir os alunos. Além disso, estamos dando oportunidade de várias pessoas terem acesso gratuito ao teatro”, disse a professora Tête Nahas.
As atividades artísticas da escola, além de permitirem o contato com a arte, desenvolvem nos alunos o senso de organização, disciplina e muitas vezes contribui para a auto-estima. Este é o caso de Anne Caroline, uma estudante de 18 anos que há um ano é aluna da Escola de Artes da Funcaju. Para ela, as aulas de teatro serviram para por fim a sua timidez. “Eu era muito acanhada. No colégio, não tirava minhas dúvidas com os professores porque tinha vergonha de perguntar. Hoje eu consigo fazer isso. Estou mais desinibida”, contou Anne.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Apresentação dos alunos de teatro da Escola de Artes chama a atenção das pessoas no Centro da cidade – Fotos: Wellington Barreto AAN Clique na foto e amplie