Governo alerta sobre os riscos da obesidade
Na última sexta-feira, 11 de outubro, foi celebrado o Dia Mundial da Luta contra a Obesidade. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se de um dos problemas de saúde mais graves do século XXI. A instituição calcula que existam cerca de 1 bilhão de adultos acima do peso no mundo. Já em crianças, os números ultrapassam 42 milhões. No Brasil, a realidade não é muito diferente. Segundo o último estudo realizado pelo Ministério da Saúde (MS), o número de pessoas acima do peso chega a 51% da população.
De acordo com a médica endocrinologia, Luciana Prudente, a obesidade é uma doença crônica que caracteriza-se por excesso de peso com Índice de Massa Corporal (IMC). “O IMC é a relação o entre o peso (quilos) e quadrado da altura (metros). Se o resultado desta operação for menor que 30, a pessoa está com o peso ideal. Se o número for entre 30 e 40, o paciente está com sobrepeso. E se der acima de 40 a pessoa é considerada obesa. Tantos nos casos de sobrepeso e de obesidade, é sempre necessário buscar auxílio médico para iniciar o tratamento mais adequado”, explica.
A médica conta ainda que, a obesidade pode ser derivada de disfunções hormonais ou de hábitos de vida inadequados. “Hipotireoidismo, Síndrome de Cushing e Diabetes são doenças hormonais que podem levar um indivíduo ao sobre peso ou obesidade. Mas, hábitos alimentares não saudáveis (abuso de consumo de carboidratos e gorduras saturadas) associados ao sedentarismo e estresse também contribuem para o ganho de peso”.
Sobre a obesidade em crianças, a médica ressalta que “atualmente, a obesidade infantil tem mostrado um aumento significativo. Algumas escolas já têm promovido mudanças nos cardápios disponíveis nas cantinas e estimulam a prática de atividades físicas. Porém, um grande fator que merece ser mais valorizado e, portanto, sofrer intervenções mais saudáveis, é a rotina domiciliar. É preciso reduzir o tempo que nossas crianças ficam em atividades de baixo consumo energético como assistir televisão, ficar na internet, computador e aumentar a prática de atividades aeróbicas como andar de bicicleta, natação, esportes em quadras, etc”.
Alimentação
A falta de uma rotina alimentar adequada associada ao ritmo de vida estressante das grandes cidades são os fatores que também contribuem para os altos índices de pessoas com sobrepeso e obesidade.
“Nos grandes centros urbanos, devido à vida agitada, as pessoas adquirem hábitos alimentares irregulares e consomem alimentos ricos em sódio, açúcar, além de frituras. Esse consumo excessivo de calorias gera o acúmulo de gorduras no organismo, que é o fator que causa a obesidade”, explica o gestor técnico de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ronaldo Cruz.
O gestor explica ainda sobre a importância de se consumir frutas, verduras e hortaliças. “Esses alimentos são de baixa caloria, são ricos em vitaminas, fibras e minerais que auxiliam na manutenção do peso. Além disso, a alimentação rica em frutas, verduras e hortaliças previne e ajuda (caso o paciente já tenha adquirido) algumas doenças como Diabetes, Hipertensão e Doenças Cardiovasculares”, afirma.
Ronaldo Cruz enfatiza ainda que o hábito da boa alimentação deve começar nos primeiros dias de vida. “A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, do Ministério da Saúde (MS) com o apoio da SES, visa qualificar os profissionais da Atenção Básica para reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno como única fonte de alimentação nos primeiros seis meses de vida, e estimular às mães a alimentar os filhos de maneira saudável após este período”, pontua.
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