Arranjos Produtivos Locais têm papel importante na economia sergipana
O Governo de Sergipe conta com diversos mecanismos de desenvolvimento para o incremento da economia sergipana. Coordenados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), em parceria com instituições, o Projeto de Extensão Industrial e Exportadora (PEIEX) e a Política de Desenvolvimento Industrial (PDI) são alguns desses exemplos, assim como o Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais – Política para APL, aplicados ao Desenvolvimento Local.
Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.
Em Sergipe são dez os APLs cadastrados no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC): Pecuária do Leite, Confecções e Artesanato de Bordado, Piscicultura, Ovinocaprinocultura, Fruticultura, Apicultura, Mandiocultura, Tecnologia da Informação, Cerâmica Vermelha e Petróleo e Gás. De acordo com Sudanês Pereira, diretora do Departamento Técnico (DET) da Sedetec, essa identificação foi feita de forma planejada e com a participação de diversos parceiros. “Era importante fazermos esse trabalho de forma criteriosa e com base em questões que nos dessem respostas claras sobre os arranjos produtivos em nosso Estado”, ressaltou.
O secretário da Sedetec, Saumíneo Nascimento, destaca que o projeto dos APLs visa dinamizar as economias locais/regionais, interiorizar o desenvolvimento para todas as regiões e territórios sergipanos, incentivar as potencialidades e construir um ambiente favorável à atração de capital. “O objetivo é aumentar a interação e a cooperação entre produtores e empreendedores, aumentar o dinamismo empresarial, promover a inovação tecnológica e melhorar a qualidade de vida da região e do município”, enfatiza.
O Governo do Estado atua nos APLs através do Núcleo Estadual que é coordenado pela Sedetec, a quem cabe promover a articulação dos diversos órgãos do governo para integrar as ações com os parceiros públicos e privados. São eles as secretarias de governo, agentes financeiros, agentes produtivos, entidades de classe, universidades, institutos e centros de pesquisa e tecnologia e prefeituras dos municípios envolvidos.
Núcleo APL
A instalação do Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais de Sergipe (APL-SE), foi o primeiro indicativo de que os arranjos produtivos eram prioritários para a política de desenvolvimento econômico do Governo do Estado. Segundo Sudanês Pereira, o alinhamento com o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a sua política de descentralização através dos Núcleos Estaduais de APLs, permitiu que os instrumentos do governo federal chegassem aos Estados de forma mais direta e organizada.
Desde 2008, o Governo do Estado vem executando uma política pública de apoio consistente para os arranjos produtivos. “Essa política funciona como uma ‘política guarda-chuva’ onde os instrumentos de apoio ao desenvolvimento se convergem”, disse Sudanês, ao destacar que além da Sedetec, outras secretarias de Estado apoiam os arranjos dentro da sua área de atuação, de forma a dar continuidade e garantia à política.
Para ela, um passo importante a ser dado será a pesquisa de campo junto aos APLs do Estado. “Sergipe fará parte dos estados que receberão a ‘Pesquisa de Campo dos APLs Brasileiros’, uma iniciativa do MDIC que tem como objetivo coletar informações necessárias para o Banco de Dados Nacional dos Arranjos Produtivos Locais e a geração de indicadores dos APLs”, explicou Sudanês.
Já entre os dias 15 e 17 desse mês, em Belo Horizonte, técnicos da Sedetec participarão de um treinamento para operar o Observatório Brasileiro de APLs, representando o Estado de Sergipe. O observatório é um sistema integrado de gestão de conhecimento em APLs e tem como objetivo permitir o monitoramento e a vinculação das informações geradas em cada arranjo produtivo no Brasil.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Arranjos Produtivos Locais têm papel importante na economia sergipana – Cooperativa dos produtores de Mandioca de Campo do Brito / Foto: Edinah Mary/Inclusão