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Debater os vários eixos de atuação da economia criativa no Estado de Sergipe. Com esse objetivo, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Saumíneo Nascimento esteve reunido quinta-feira, 15, com a secretária de Estado da Cultura (Secult), Eloísa Galdino, e o diretor de Desenvolvimento e Monitoramento da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (Minc), Luiz Antônio Gouveia. Do encontro também participaram o responsável pela área de Relacionamento Institucional e Novos Negócios do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), Saulo Barreto, além de representantes da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) e do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec).

Durante a reunião foi discutido o eixo de fomento à pesquisa e do incentivo ao desenvolvimento territorial. “Recentemente lançamos junto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), um edital para fomentar o desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) intensivos em cultura, então a ideia é que incentivemos a melhoria na competitividade nesse tipo de empreendimento, através de um processo de planejamento estratégico. Solicitamos à Sedetec e Secult que encaminhassem indicações de APLs com base cultural e a partir daí, vamos estimular que se inscrevam no edital”, explicou, ressaltando que este ano, um APL por Estado da Federação (27 no total) será selecionado para receber o benefício. Para isso, um trabalho de planejamento estratégico será realizado, a fim de melhorar seus produtos no mercado (brasileiro e internacional).

Outro projeto que será lançado em breve pela Secretaria do Ministério da Cultura é o de incentivo à pesquisa sobre economia criativa, já que atualmente não existem informações suficientes sobre esse tipo de atividade no Brasil. “Queremos incentivar os pesquisadores a estudarem mais sobre esse tipo de economia em cada Estado (geração de emprego, renda, PIB local), por isso estamos lançando um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no valor de R$ 2,5 milhões para que apresentem propostas de estudos e pesquisas nessa área”, disse Luiz Antônio.

De acordo com ele, uma terceira linha de ação é o incentivo às incubadoras de forma geral que desejem operar com empreendimentos culturais, onde serão destinados R$ 5 milhões para que se candidatem a receber recursos para ampliar sua capacidade operacional, dentro do viés cultural. “As incubadoras que trabalham com ciência e tecnologia ampliam sua visão de empreendedorismo, recebendo empresas que trabalham com design, cultura, música, dança, teatro, artesanato, todo espectro de cultura”, concluiu o representante do Minc.

O IPTI que vem construindo desde 2009 um modelo experimental de economia criativa, com o objetivo de promover o desenvolvimento humano em regiões de extrema pobreza, é um exemplo desse tipo de ação que apresenta resultados bastante relevantes para o Estado de Sergipe. “Temos vários produtos de sucesso, com alto padrão de qualidade e em 2012 começamos um projeto de Arte Naturalista, selecionando talentos jovens do povoado de Santa Luzia do Intanhy. Eles chegaram a tal nível que foram contratados por uma empresa de São Paulo, com carteira assinada, para trabalhar via Internet”, divulgou Saulo Barreto.

Segundo ele, a iniciativa já gerou emprego e renda, além da possibilidade de expandir para 500 adolescentes em 2014. “Recentemente também começamos um projeto de softwares, para selecionar mais talentos e formar um núcleo de programadores. Há muito tempo o Ministério acompanha nosso modelo de economia criativa e agora surgiu uma forma de externar o nosso trabalho e sistematizá-lo para que possamos levá-lo a outros municípios”, destacou Saulo. “A proposta hoje foi trazer um representante para ter esse aval e a expectativa é de que, como já existe um processo de construção e conversa há algum tempo, possamos restabelecer o diálogo e em meados de outubro, voltar a dialogar com o MINC em condições reais”, comemorou.

Para a secretária Eloísa Galdino, a reunião dá continuidade ao processo de integração entre a Secult e Sedetec, uma vez que a discussão sobre o modelo de economia criativa nas cidades de Laranjeiras e São Cristóvão já havia sido iniciada há três anos. “Agora, o MINC – com a criação da Secretaria de Economia Criativa – lança bases concretas para que nosso projeto possa ser abraçado numa das linhas de atuação do Ministério, que é o caso de APL para a área de cultura. Nós pretendemos dar uma nova formatação aos projetos desses municípios e inscrevê-los, pois são modelos que dialogam com a área da cultura, a fim de promover o crescimento, desenvolvimento e geração de emprego e renda dessas cidades”, destacou Eloísa ao observar que há um  processo de mudança no MINC, mas acredita que as políticas terão continuidade. “O que fizemos aqui hoje foi retomar uma relação com bases mais reais de execução desses projetos, a partir de uma captação de recursos do Governo Federal para tocar essas duas ações na área de economia criativa”, enfatizou.

Conforme avaliação do secretário Saumíneo Nascimento, a reunião foi muito produtiva. “Temos boas perspectivas de desenvolver a implementação de ações que promovam o desenvolvimento local, priorizando o apoio e o fomento aos profissionais e aos micro e pequenos empreendimentos criativos sergipanos, contribuindo para que a cultura se torne um eixo estratégico nas políticas públicas de desenvolvimento do Estado”, disse destacando que sob esta lógica, setores como artesanato, arquitetura, design e moda poderão ser desenvolvidos para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

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