Semarh realiza trilha ecológica no Recanto da Serra

Uma aventura no meio da caatinga. Assim foi a manhã de centenas de alunos da rede pública e municipal do Estado que participaram durante a quinta-feira, dia 18, de uma trilha ecológica no Recanto da Serra, localizada no município de Tobias Barreto. A trilha foi promovida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

De acordo com a técnica ambiental da Semarh, Talita de Oliveira, a realização da trilha ecológica faz parte de uma atividade preliminar da I Conferência Municipal do Meio Ambiente promovida no município. “Essa trilha tem o objetivo de sensibilizar e despertar a consciência ambiental na população local, identificando assim suas potencialidades naturais, propondo a todos, atividades de educação ambiental visando a preservação, proteção, conservação e valorização do patrimônio natural”, disse, afirmando também que além de despertar a consciência ambiental na população, a ação, dará subsídios aos debates referente a IV Conferência Nacional do Meio Ambiente.

Trilha

Em meios a árvores que possui faces humanas e pedras pontiagudas que tem formato de dinossauros, a trilha foi conduzida pelo proprietário do espaço, Pedro Menezes, e o engenheiro florestal da Semarh, Carlos Miranda. Em uma extensão de 700 metros, a trilha deu-se início no Museu da Dona Maria, situada no Recanto da Serra (comunidade Jacaré), e terminou no meio da mata que segundo Pedro tem aproximadamente 200 anos de existência. “Essa trilha era bastante utilizada pelos tropeiros da época”, revela.

A trilha, que possui um grande contexto histórico e cultural foi marcada ainda por alguns pontos de parada que surpreenderam os alunos. “Nessa trilha, temos algumas paradas como a Pedra do Coração, que são duas pedras da própria natureza que possui um formato de coração; a Árvore Barriguda com espinhos que é uma árvore característica da caatinga; a Cova do Tropeiro, local em que alguns tropeiros vindos da Bahia morreram nessas terras. Paramos também na Árvore Furada (umburana) e depois finalizamos na Árvore cara de gente, que foram formadas por cupins”, destacou Pedro Menezes.

A aluna Karolayne Oliveira da Silva, 14 anos, que estuda o 8º A no Colégio Estadual Abelardo Barreto de Rosário, disse que ficou assustada com a forma da árvore. “Nunca vi uma árvore dessas na minha vida, parece coisa do outro mundo”, afirmou, destacando ainda que mesmo com medo virá outras vezes no local juntamente com amigos. “Essa experiência foi muito legal”.

Além das paradas históricas, muitos alunos tiveram ainda a oportunidades de conhecerem espécies nativas da região que se encontra em extinção, a exemplo do cedro, barriguda, umburana, entre outras. “Essa vivência foi importante porque os alunos tiveram uma percepção ambiental, já que os mesmos serão agora agentes multiplicadores dessas informações dando assim todas as contribuições para a população local no que se refere a preservação e conservação do meio ambiente” destacou o engenheiro florestal da Semarh, Carlos Miranda.

Já no final da trilha, todos, conheceram também o Museu da Dona Maria, mãe do historiador Pedro Menezes, cujo pai foi tropeiro fazendo parte da cultura local. No museu, peças do dia a dia utilizadas pelos tropeiros encantaram a meninada que saíram de lá incentivados a preservar o meio ambiente combatendo assim toda irregularidade promovida pela ação do homem.