Jackson participa da concessão do selo do INPI que certifica renda irlandesa
Uma conquista para o patrimônio cultural e histórico sergipano, evidenciando a importância da renda irlandesa produzida no município de Divina Pastora. Essa pode ser a tradução do ato realizado na noite desta quinta-feira, 11, onde as integrantes da Associação para o Desenvolvimento da Renda Irlandesa de Divina Pastora (Asderen) receberam o Selo de Identificação Geográfica emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), agregando valor pela garantia de qualidade e autenticidade do produto. O ato ocorreu no auditório do Museu da Gente Sergipana, contando com a presença de diversas autoridades, dentre as quais, o vice-governador Jackson Barreto.
A exemplo de produtos nacionais como o queijo de Minas Gerais, a cachaça artesanal de Salinas (MG), o mármore de Cachoeiro do Itapemirim (ES), e produtos de reconhecimento internacional como o queijo Roquefort, do Sul da França, e o célebre espumante da cidade de Champagne, também na França, a renda irlandesa de Divina Pastora passa a figurar dentre os produtos que contam com o referido Selo de Identificação Geográfica. Isto resulta na proteção da imagem das peças e impede que outras pessoas possam se aproveitar da fama do artesanato.
Outra garantia refere-se à qualidade do produto e o reconhecimento de que as peças foram confeccionadas através de um processo exclusivo e diferenciado em relação aos demais existentes no mercado.
Identidade
Segundo Jackson Barreto, a conquista deste selo, que teve o apoio decisivo do Sebrae e colaboração da prefeitura da cidade, representa uma grande vitória para as rendeiras de Divina Pastora. “Esta renda poderia ser até vendida em outros estados, mas não teríamos como saber da qualidade desse trabalho e a competência das rendeiras de Divina Pastora. Com esse selo de indicação de procedência do INPI, o Brasil e o mundo ficarão sabendo que a qualidade da renda irlandesa. Divina Pastora passa a ser uma identificação geográfica de onde é feito esse trabalho tão belo que hoje ultrapassa as fronteiras do nosso país”, avaliou o vice-governador.
Ainda segundo Jackson Barreto, identificar Divina Pastora com uma obra cuja notória qualidade é reconhecida nacionalmente, representa a valorização do trabalho das artesãs sergipanas para obtenção do reconhecimento mundial. “Além da elevação da autoestima do povo de Divina Pastora e de todos os sergipanos, este reconhecimento promove a nossa cultura através do artesanato pelo mundo afora. Estão de parabéns as nossas rendeiras de Divina Pastora por esta vitória”, declarou o vice-governador, que também fez questão de externar o seu orgulho em deter, no seu primeiro registro de nascimento, a naturalidade de Divina Pastora, já que o seu município de origem, Santa Rosa de Lima, antes de ser emancipado, era uma localidade pertencente ao município de Divina Pastora.
Após a exibição de um vídeo produzido pelo Sebrae, que ofereceu consultoria para organização das artesãs, mostrando a cidade e os métodos de produção e a história da renda irlandesa, o vice-governador também externou a sua satisfação em constatar aspectos notórios da cidade que contaram com sua colaboração.
“Fiquei feliz em constatar, ao assistir o vídeo, que cumprimos o nosso papel como integrantes da vida pública. Ao ser mostrada a praça do município, que está belíssima, tenho orgulho em dizer que colaborei na captação de recursos em Brasília que permitiram a sua reforma. De modo semelhante, também fiquei feliz em constatar a beleza da igreja dedicada à padroeira Nossa Senhora Divina Pastora, que passou por uma extensa reforma e trabalho cuidadoso de restauração para devolver sua beleza e aspectos históricos, tudo isso realizado numa parceria com a Petrobras, à época presidida por José Eduardo Dutra, também com nossa participação. Por isso, fico feliz em presenciar mais esta realização para o povo de Divina Pastora”, relembrou Jackson Barreto, que foi homenageado e recebeu das mãos da presidente da Asderen, Elizabeth Raimundo dos Santos, a primeira peça produzida já com o selo de indicação.
A presidente da Asderen destacou a sua satisfação em constatar o resultado de um trabalho iniciado em 2008 que valorizará a tradição mantida pelas artesãs de Divina Pastora. “Esta é a terceira grande conquista que alcançamos. A primeira foi ser considerada uma das mais importantes manifestações artesanais do país com o prêmio Top 100 do Sebrae. A segunda foi o reconhecimento da renda irlandesa com patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Iphan. E agora este reconhecimento que levará a nossa marca para todo o Brasil e o mundo”, comemorou a presidente, logo após receber o certificado das mãos do representante do INPI, Pablo Regolado.
Promoção
Para o superintendente do Sebrae em Sergipe, Emanoel Sobral, esta é uma conquista que se reflete como “uma ação de promoção comercial coletiva”. “Agora a renda irlandesa terá mais valor agregado e a garantia da manutenção da sua qualidade. Consequentemente, estas artesãs terão seu trabalho muito mais valorizado. Queremos agradecer, em nome do Sebrae, a presença do vice-governador neste momento de comemoração. O Sebrae se orgulha em ter participado do processo que levou à consecução desse objetivo”, destacou Sobral.
Já a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, destacou a conquista como o fruto de uma mobilização do Sebrae com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a valorização e reconhecimento da renda irlandesa. “Este é um produto com reconhecimento e agora com mais valorização dentro e fora do país. A renda irlandesa já é um produto turístico e patrimônio da cultura nacional e agora tem certificação. Isto é garantia de que a renda irlandesa, que é patrimônio nacional, é produzida em Divina Pastora, é produzida em Sergipe. Essa é uma grande conquista”, concluiu a secretária.
Participação
Participaram do ato o prefeito de Divina Pastora, Silvio Cardoso; a superintendente do Iphan em Sergipe, Terezinha Oliva; a vice-presidente da Funcaju, Aglaé Fontes de Alencar; o representante do Instituto Banese, Marcelo Rangel; representantes do Sebrae Nacional, do INPI, além das rendeiras que produzem a renda irlandesa no município de Divina Pastora, familiares, pesquisadores e o público em geral.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Jackson participa da concessão do selo do INPI que certifica renda irlandesa – Fotos: Marcos Rodrigues/ASN