[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Nervosismo e apreensão. Afinal, era a primeira vez que 350 novos artistas mirins pisavam em um grande palco. Foi nesse clima que aconteceu na tarde de ontem, dia 10, o Festival de Talentos do Peti – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. O teatro Atheneu estava lotado de autoridades, crianças e familiares na expectativa de verem um pouco do trabalho que é desenvolvido durante as jornadas ampliadas do Peti.
Cada adolescente que ia se apresentar tentava de alguma forma aliviar as tensões. Enquanto uns roíam unha, outros dançavam, conversavam, davam os últimos retoques nas coreografias. “Estamos todos felizes de participar desse evento. Essa apresentação é diferente das demais, pois agora vamos nos apresentar para um público maior e em um teatro, coisa que nunca fizemos antes. É um motivo maior de orgulho”, afirma Rosimeire Duarte Silva, 13 anos, que se apresentou com o Reisado do Lamarão.
Era difícil segurar o nervosismo. “Estou tremendo e sentindo um frio na barriga. É a primeira vez que me apresento para um teatro lotado. Mesmo sabendo que depois de meses de ensaio e a coreografia na ponta do pé, o nervosismo não deixa de existir”, diz Carolina Monteiro Silva, 15 anos, do Peti Augusto Franco. Antes de se dedicar às atividades da jornada ampliada, Carolina vendia bronzeador na praia. Mesmo depois da apresentação ela ainda não conseguia relaxar. “Não imaginei que fosse ter tanta gente no teatro vendo e aplaudindo a gente. Foi inacreditável”, diz Carolina Silva, emocionada.
Os aplausos e o reconhecimento do público é a recompensa pelo trabalho realizado diariamente em cada uma das 22 unidades do Peti em Aracaju pelos educadores sociais. “Depois de seis meses de exaustivos ensaios, ver esses adolescentes se apresentando é uma satisfação inexplicável. O festival foi uma coisa totalmente nova na vida deles, eles se sentem pessoas, valorizadas como cidadãos”, afirma o educador do Peti do Augusto Franco, Sidney Azevedo.

Orgulho familiar

Para as mães, o festival foi muito importante na vida dos adolescentes. “É uma oportunidade de mostrar os talentos que existem nesse programa”, afirma Rosa Maria Lima, mãe de Raiza Lima, 13 anos, integrante do Peti do Augusto Franco. Segundo ela, a expectativa da filha em casa era muito grande, mas depois da apresentação já estava mais aliviada. “Ela sabe que conseguiu mostrar ao público tudo que aprendeu no Peti”, diz a mãe orgulhosa. A participação das crianças no programa de erradicação também traz bons frutos para toda a família. Genivalda Santos é uma das mães que tem colhido esses frutos. O filho Josimar dos Santos, 15 anos, está há dois anos no Peti. “Ele trabalhava na feira, agora além de participar das atividades artísticas, seu desempenho na escola melhorou”, afirma. Genivalda também faz parte das 15 mães de crianças do Peti que participam do curso de Geração de Renda, no bairro Augusto Franco. Durante o curso elas têm a oportunidade de aprender uma profissão e, conseqüentemente, aumentar a renda família. As alunas recebem ainda uma bolsa-auxílio de R$ 70. O curso é desenvolvido em parceria entre o Ministério da Previdência e Assistência Social e a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania.

Caminho aberto

Para a secretária de Assistência Social de Aracaju, Ana Côrtes, a realização desse festival abre um espaço, primeiramente aqui em Aracaju, para mostrar de que as crianças do Peti são capazes de fazer. “Esse espetáculo pode mostrar para a sociedade sergipana o verdadeiro manancial que se pode encontrar em cada uma delas. O que faltava era oportunidade, com isso elas mostram do que são capazes”, conclui Ana Côrtes.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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