Anjo Linguarudo e brinquedoteca levam aprendizagem e diversão às crianças da Oncologia
Além da assistência médica e ambulatorial aos pacientes, o Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) desenvolve uma série de ações e atividades voltadas para a humanização do ambiente, beneficiando pacientes, funcionários e profissionais de saúde, além de acompanhantes e familiares dos internos assistidos pela unidade.
As ações desenvolvidas pela oncologia proporcionam entretenimento aos pacientes, promovendo a interação e elevação da autoestima. Uma delas é o Projeto Anjo Linguarudo, concebido junto à Secretaria de Estado da Educação (Seed), que cedeu uma professora com intuito de nortear os trabalhos pedagógicos a serem realizados na unidade hospitalar com crianças oncológicas que permanecem internadas por um longo período.
De acordo com a coordenadora da Oncologia, Rute Andrade, o projeto prova que a educação pode estar a serviço da saúde. Isso é exercitar a cidadania plena. Percebemos que as crianças estavam perdendo o ano letivo porque ficavam muito tempo internadas por falta de um acompanhamento educacional sistematizado. Elas adoram estudar, ler e escrever. Uma mistura de diversão e aprendizagem, relatou.
Estímulo
Utilizando recursos, como jogos pedagógicos, fantoches de animais domésticos, alfabeto recortado de madeira, jogos de memória e livros de histórias infantis, o projeto minimiza as perdas educacionais das crianças vivendo com câncer e estimula valores como coragem, autoestima, autoconfiança ao tempo em que combate o medo, a depressão, a ansiedade e insegurança que esses pacientes apresentam quando internados em ambiente hospitalar.
A recreadora, Maria Madalena Santos, relata que o trabalho tem que ser feito com o coração. Para se envolver com essas crianças você tem que ter muito amor e solidariedade para dar. Aqui a gente trabalha o lúdico, com desenhos, pintura, artes envolvendo as mães, vídeos interativos e jogos no computador que eles adoram, explicou.
Prova disso é o pequeno João Paulo, 9, que há uma semana está internado na unidade para tratamento de uma anemia falciforme. A tia do garoto, Isaura Menezes Santos, 39, observava tudo bastante atenta. “Ele parece que esquece a doença e fica horas jogando no computador. Eu estou gostando muito do acolhimento e o cuidado que a equipe tem com a gente aqui. Ele está de férias e graças a Deus não atrapalhou os estudos, disse.
A jovem, Neide dos Santos, 26, é mãe do pequeno Wesley de Jesus Santos, 4, que está há três dias internado na oncologia. De acordo com ela, um espaço que une educação e diversão. Aqui a criança aprende brincando. Ele está gostando das tias e do tratamento que vem recebendo. A gente acaba participando também das atividades, declarou sorridente.
Brinquedoteca
Outro espaço bastante visitado pelos pacientes infantis é a brinquedoteca da oncologia. Planejada para levar conforto e bem estar aos pequenos durante o tratamento, o local é responsável pela descontração da garotada. Bolas, carrinhos, bonecas, games, jogos, bicicleta, triciclo entre outros objetos compõem o cenário da diversão. A maioria dos brinquedos foi doada por colaboradores voluntários que participam das atividades da unidade.
Há dois anos trabalhando na brinquedoteca, a recepcionista e recreadora, Elaine Santos, explica como funciona o dia a dia do local. Antes das consultas, as mães deixam as crianças aqui para desestressarem um pouco. A brinquedoteca é o espaço de lazer preferido da meninada, afirma.
Em parceria com a sociedade, o espaço é cada vez mais dinamizado para atender a garotada, como informa a coordenadora da Oncologia, Rute Andrade. Enquanto eles aguardam para fazer os procedimentos dolorosos e o transporte para o interior, a meninada tem essa diversão garantida. Um cantinho gostoso, aconchegante e muito visitado por todos, disse.
O pequeno Elenilton Chaves, 7, está em tratamento há dois anos contra um linfoma. Até chegar o momento da consulta é na brinquedoteca que ele passa o tempo e se diverte. “Fico no computador e jogo com outros colegas. Aqui tem muitas opções de brinquedos, mas eu prefiro o computador. É muito divertido, afirmou o garoto.
Humanização
O envolvimento pessoal dos servidores é outro dos diferenciais que faz do serviço oferecido uma referência no atendimento às crianças e adolescentes, utilizando a sensibilidade, a vocação e o talento como ferramenta para devolver os sorrisos aos pequenos pacientes. “Não basta ter remédio e equipamentos para oferecer um bom atendimento. Além desses espaços de diversão, disponibilizados para as crianças, nós temos funcionários que vão além da sua profissão. Eles tocam violão, se vestem de palhaço, outros que fazem mágica, entre outros dons para alegrar os pequenos. Nós pegamos esse algo a mais de cada servidor e oferecemos às crianças. É a humanização trazendo resultados”, concluiu Rute Andrade.
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