Doação voluntária de sangue recebe apoio de público feminino

Diariamente, centenas de pessoas precisam de sangue. Sabendo da necessidade do líquido que funciona como um transportador de substâncias vitais para o funcionamento do corpo, as universitárias, Laise Silva do Carmo e Taynah Matos Santos, junto com a comerciaria Ana Maria dos Santos, decidiram se tornar doadoras voluntárias de sangue. A primeira doação do grupo feminino foi efetuada no último sábado, 6, no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose).

“Vi na televisão que o Hemocentro estava precisando de doação. Sempre tive o desejo de doar, mas por causa dos estudos e outros afazeres nunca tinha arrumado um tempo. Ontem à noite, sexta, conversando com minha amiga decidimos aproveitar o desejo comum, para virmos doar”, relatou Taynah Matos Santos, 23 anos, estudante de Química da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Laíse Silva, 23 anos, também confirmou o desejo de se tornar uma doadora de sangue. “Foi simples e rápido. Quanto ao fato de termos que esperar, isso é normal, todos os dias as pessoas precisam enfrentar filas em banco, em supermercado. A doação também é uma forma de realizar uma tarefa pessoal que terá vários beneficiários”, ressaltou ela.

Já a comerciaria, Ana Maria dos Santos, 39 anos, contou que decidiu doar para atender ao pedido de uma colega de trabalho. “Hoje estou fazendo minha primeira doação para ajudar na cirurgia do filho de uma amiga. As próximas serão voluntárias. Tem tanta gente precisando que vou ajudar”, completou.

Doações

Nos últimos três meses, o serviço de coleta de sangue do Hemose está recebendo uma média diária de 70 a 80 doações. Conforme avaliação do serviço, esse quantitativo é reduzido para atender à demanda da rede hospitalar no Estado. Outro dado preocupante é relativo à quantidade de doações voluntárias. No Hemose, apenas 10% das doações são voluntárias, as demais são de reposição, para atender cirurgias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país seja de 3,5% a 5% de sua população. No Brasil esse número não chega a 2%.