Governador oficializa doação de R$ 1 milhão do Banese para reforma da Catedral

Um ato que evidencia a importância da preservação de um dos mais importantes prédios históricos da capital. Essa foi a tônica que norteou a solenidade onde o Governo do Estado, através do Banco do Estado de Sergipe (Banese), oficializou a doação de R$ 1 milhão para as obras de reforma da Catedral Metropolitana de Aracaju. O ato ocorreu no auditório do Banese, situado na avenida Augusto Maynard, no bairro São José.

A partir da assinatura do convênio, o Banese liberará de imediato uma parcela no valor de R$ 500 mil para o início das obras. A outra parcela de R$ 500 mil será liberada logo no início de 2013. Esse valor representa algo em torno de 25% da obra, que está orçada em R$ 4, 45 milhões. Para captar o valor restante, o próprio governador Marcelo se comprometeu em buscar reunir os empresários e empreendedores de destaque em Sergipe, logo após o período eleitoral, para motivá-los a contribuir com essa ação de preservação histórica e cultural para o povo sergipano.

Segundo o governador Marcelo Déda, é imprescindível que Aracaju, como uma cidade de 157 anos, seja capaz de preservar a sua memória para o futuro, impedindo que prédios que representam sua cultura e sua história sejam danificados.

“Um povo sem memória é um povo condenado a repetir erros e a perder a capacidade de refletir sobre a sua trajetória. Nenhum projeto de futuro pode ser desenhado sem o olhar reflexivo sobre o passado. Por isso, todas as grandes nações do mundo souberam proteger o seu patrimônio e preservar a sua história. Nesse sentido é que o Governo do Estado se mobilizou na busca de soluções para a questão da Catedral, já que esse é um prédio referencial da nossa história presente desde o projeto inicial da construção da nossa capital”, afirmou o governador, ao destacar as referências buscadas na execução das políticas de preservação e valorização do patrimônio histórico.

“A preservação da Catedral Metropolitana de Aracaju é, na verdade, a preservação da memória sergipana e da grande aventura humana que foi a construção dessa capital. O desafio que foi erguer, sobre manguezais e areais, esta cidade que é uma das mais belas e importantes do país. Sejamos ou não católicos, nós sergipanos nos identificamos quando olhamos para a Catedral, ela nos referencia e a sua preservação é de interesse da nossa política cultural. A mobilização para esse fim é um dever que o Estado tem”, argumentou o governador.

Recuperação e Compromisso

Enfatizando a importância do papel desempenhado pelo Banese, através do seu instituto, que já presenteou a sociedade sergipana com outra recuperação histórica de um prédio tradicional, dando origem ao Museu da Gente Sergipana, Déda mencionou o grande esforço empreendido pelo governo para a recuperação da capacidade financeira da Instituição. “Ao assumirmos o governo, tivemos uma grande dificuldade para encontrar soluções para a situação crítica em que o Banco se encontrava. Hoje, o nosso Banese já é considerado um dos melhores bancos do país e destaque absoluto dentre os bancos públicos. Graças a isso, podemos realizar um ato como esse. É a transformação da responsabilidade gerencial em responsabilidade social, oferecendo aos sergipanos mais uma grande realização com a marca do seu banco”, destacou o chefe do Executivo.

Agradecimento

O arcebispo metropolitano da capital, Dom José Palmeira Lessa, agradeceu ao empenho do governador Marcelo Déda e do vice-governador Jackson Barreto em buscar alternativas para promover a recuperação da Catedral. “Essa ação demonstra o compromisso dos governantes com a preservação de um patrimônio dos sergipanos, construído logo após a fundação da capital, num padrão arquitetônico que se tornou um elemento cultural forte para o povo. Tanto isso é verdade, que da minha casa, logo ao lado da Catedral, já presenciei diversos grupos de turistas, visitantes e estudantes de arquitetura apreciando e analisando as características históricas que estão impressas no estilo da Catedral. Por isso, hoje é um dia de alegria e realização para os católicos e para todos os sergipanos”, declarou Dom Lessa.

Já a presidente do Banese, Vera Lúcia Oliveira, evidenciou o compromisso social da instituição e a sua satisfação pessoal de estar à frente de uma instituição que vem marcando sua atuação aliando bons resultados gerenciais e o compromisso com o povo sergipano. “O Banese apresenta hoje uma boa saúde financeira, conquistada com o empenho de um exército de ‘baneseanos’, e o apoio decisivo dos nossos clientes e do Governo do Estado, que é o maior acionista, e tem renunciado a receber os dividendos a que tem direito para fortalecer a instituição. É por causa disso que podemos apostar em projetos como este, de restauração e reforma da Catedral Metropolitana de Aracaju. Ficamos felizes em participar de um ato importante para a preservação de mais um patrimônio histórico e arquitetônico do povo sergipano”, salientou a presidente.

Iniciativa

Já o vice-governador Jackson Barreto, que foi nomeado pelo governador como o coordenador da comissão criada para abordar esta questão, demonstrou a sua satisfação em constatar um passo determinante ser dado em favor da preservação desse patrimônio, ao lembrar o início de toda a mobilização a partir de uma carta recebida do pároco da Catedral. “Nós estamos vivendo um momento histórico, e tudo nasceu de uma carta enviada pelo padre Dácio dos Santos, relatando a situação física do prédio da catedral. Esta carta foi levada ao governador, e juntos pensamos como preservar aquele patrimônio, que é um verdadeiro ‘rosto’ da cidade, ícone da história da capital. Além de um símbolo da religiosidade católica, a Catedral simboliza muito para a memória de todos os sergipanos”, disse o vice-governador.

Ainda de acordo com Jackson Barreto, após essa primeira fase para início das obras, todo o engajamento do Governo também se dará para a consecução de todos os recursos necessários para a obra. “Nós trabalhamos e realizamos hoje a primeira etapa deste sonho. Agora vamos buscar, junto à iniciativa privada, os recursos necessários para a conclusão da obra que é algo em torno de quatro milhões e quatrocentos e cinquenta mil reais. Demos o primeiro passo, mas vamos trabalhar e convocar toda a sociedade sergipana para que consigamos recuperar este patrimônio que pertence à alma e ao coração da gente aracajuana”, frisou.

Participação

Participaram do ato o bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju, Dom Henrique Soares da Costa; a primeira dama e secretária da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Eliane Aquino; a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino; o pároco da Catedral, padre Dácio dos Santos; o prefeito da capital, Edvaldo Nogueira; o subsecretário de Estado do Patrimônio Artístico e Cultural, Luiz Alberto dos Santos, além de representantes de diversas instituições e movimentos ligados à Igreja Católica, dirigentes do Banese e fiéis da Paróquia da Catedral .