Sedurb e Seides discutem Diagnóstico Situacional das Comunidades Quilombolas em Sergipe
A Secretária de Estado de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) se reuniu com a Secretária de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) Eliane Aquino e com representantes da Secretaria de Estado da Infraestrutura e do Desenvolvimento Energético Sustentável (Seinfra), Secretaria de Estado da Educação (Seed), Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Seagri), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), para apresentar o diagnóstico situacional das comunidades quilombolas reconhecidas em Sergipe, e, a partir disso traçar um panorama e discutir com as secretarias de Estado a melhor maneira que cada uma delas pode contribuir para efetivar as demandas solicitadas.
O diagnóstico situacional faz parte do Programa de Desenvolvimento das Comunidades Quilombolas do estado de Sergipe, que é fruto da parceria entre a Sedurb e a Seides e está incluído nas ações do programa ‘Sergipe Mais Justo’, visando desenvolver as comunidades quilombolas de forma articulada, integrada e participativa.
Lúcia Falcón comentou sobre as ações desenvolvidas ao longo dos últimos dois meses pela equipe técnica da Sedurb. “Os profissionais visitaram 23 comunidades quilombolas em 19 municípios sergipanos e realizaram reuniões onde ouviram atentamente as demandas das famílias e a partir disso elaboraram um diagnóstico minucioso da realidade de todas as comunidades”, declarou.
O diagnóstico
Por meio de slides, a assistente social e técnica da Sedurb, Tereza Cristina Oliveira, apresentou o diagnóstico situacional explicando os objetivos gerais e específicos, bem como as demandas solicitadas. “As comunidades quilombolas situadas nos territórios Leste, Sul, Centro Sul, Agreste Central, Médio Sertão e Alto Sertão Sergipano expuseram todos os problemas que enfrentam, bem como listaram as suas maiores necessidades, as quais classificamos pelos eixos: Desenvolvimento Social, Investimento Econômico, Infraestrutura e Assessoria e Serviços”, citou.
Tereza Cristina ressaltou que a variedade de demandas solicitadas reflete a atual situação dos quilombolas. “Ouvindo as comunidades pudemos traçar um perfil social de cada uma delas. Foram pedidos que abrangem as áreas de assistência social, cultura, educação, meio ambiente, saúde, segurança, entre outras, totalizando 1.606 demandas, sendo que habitação foi o item mais solicitado”, detalhou a assistente social.
Objetividade
De acordo com a secretária de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social, Eliane Aquino, é importante que cada secretaria envolvida analise a melhor forma de contribuir para a efetivação das demandas. “Para o Governo do Estado, as políticas voltadas às comunidades quilombolas não devem ser floreadas e sim desenvolvidas de maneira direta. É necessário que as demandas sejam detalhadas por municípios e, com esse mapeamento, as atividades possam ser priorizadas e posteriormente entrem em processo de execução”, frisou.
Eliane enfatizou o pouco tempo que o Governo do Estado dispõe para realizar essas atividades e as ações que já estão sendo realizadas. “Algumas secretarias, a exemplo da Seed já estão desenvolvendo atividades voltadas para essas comunidades. Em breve, será lançado e divulgado o Edital de projetos produtivos voltados para os quilombolas. O curto espaço de tempo que dispomos nos obriga a sermos diretos e objetivos. Assim, com o mapeamento detalhado, cada secretaria deverá identificar as demandas que lhe são da sua competência e analisar o que será possível resolver”, salientou.
Segundo a Secretária Estadual de Desenvolvimento Urbano, Lúcia Falcón, o momento agora é de agir. “A Sedurb está empenhada em promover a inclusão de políticas públicas, sociais e produtivas das comunidades quilombolas por diversos meios. Nosso próximo passo será a elaboração do Plano de Ação, onde cada órgão e instituição contribuirão de maneira efetiva a fim de que alguns problemas enfrentados por essas 4.284 famílias quilombolas sejam sanados ou amenizados. Vale ressaltar que também é de suma importância buscar parcerias junto à iniciativa privada”, pontuou.
Participaram também da reunião representantes da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Empresa de Desenvolvimento Sustentável de Sergipe (Pronese).
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