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Uma parceria entre a Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Seagri), promoveu na tarde dessa terça-feira, 15, uma reunião com representantes dos mais variado segmentos que, direta ou indiretamente, possa contribuir para a redução do uso de agrotóxicos em Sergipe.

O encontro, realizado na sede da Aease, contou com a presença de representantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do Ministério Público do Trabalho (MPT), Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Companhia de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e da Irrigação em Sergipe (Cohidro), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-SE), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), Empresa do Desenvolvimento Sustentável de Sergipe, Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Sergipe (Fetase).

O presidente da Aease, Naum Araújo, destacou o engajamento da Seagri, reputando-o como da maior importância por oportunizar que instituições ligadas ao segmento agrícola em Sergipe, se posicionassem sobre a indiscriminada utilização de agrotóxicos. Para Araújo a posição do órgão em relação aos agrotóxicos é uma contribuição a curto e médio prazo para garantir a saúde do produtor rural e dos consumidores da produção no campo, uma vez que, no Brasil 110 empresas produzem esse tipo de defensivos.

O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, José Macedo Sobral, agradeceu a presença de todos e julgou aquele momento, como o ensejo de interligar os diversos organismos do setor agrícola estadual, no sentido de se estabelecer uma força tarefa que possa criar mecanismos indicativos que possibilitem gestões sobre a necessidade de uma redução forte no uso de agrotóxicos. Segundo o secretário a discussão em torno do problema funciona como um indutor para que sejam expressas opiniões que possibilitem formatar o embasamento documental do pensamento de Sergipe, para poder ser encaminhado ao Ministério da Agricultura, através do governador Marcelo Deda, visando providências mais enérgicas e possíveis sanções coibitivas ao uso de agrotóxicos.

“Essa questão vai além do produto ecológico, pois é uma forma de proteção urgente ao trabalhador rural e aos consumidores da produção, pugnando pela saúde. Soma-se a isso, também, a questão financeira, envolvendo o desperdício de recursos com financiamentos a taxas subsidiadas, tornando-se um desrespeito à vida. Trata-se de uma flagrante inconsequência a venda e aplicação de agrotóxicos no Brasil, resultando no elevado nível toxicológico na agricultura familiar. Convém  destacar as variadas formas de comercialização, por profissionais da área, diretamente ao agricultor, influenciando-o sobre vantagens, representando laboratórios, agindo assim   sem passar pelos agentes da assistência técnica, o que deveria ser tipificado como crime. Aqui podemos construir mudanças racionais que podem ser transformadas em normativas pelo Ministério da Agricultura”.

O professor da Universidade Federal de Sergipe, Emmanuel Franco Filho apresentou em palestra, colocações embasadas pelos seus 34 anos de docência, mostrando as causas da proliferação do uso de agrotóxicos; as políticas equivocadas; a contribuição da mídia para estimular o uso de produtos altamente tóxicos como simples defensivos, sem se medir as consequências; mostrando numa digressão, as diversas fases e os diversos produtos indiscriminadamente utilizados, exemplificando, inclusive, as sequelas geradoras de doenças na palma, em Sergipe. Ele enfatizou o lançamento de cartilhas sobre uso de agrotóxicos, como um contributo de extrema valia para ampliar as discussões sobre o problema, e apontou José Sobral, Lúcia Falcon, e o deletado do MDA, Adailton Santos, como exemplo de lideres, pela renovação do pensamento crítico e construtivo sobre o tema.

As opiniões geradas demonstraram a necessidade de outras discussões em termos conclusivos, que viabilizem indicações que positivem e materializem uma moção de Sergipe, junto ao governo federal, dirigida especificamente ao Ministério da Agricultura.

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