Assistente social trabalha pela garantia de direitos no Huse

Texto: Núbia Santana

A busca pela garantia dos direitos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), atendidos no Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), tem caracterizado o trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais contratados pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), órgão gerenciador da unidade.

Em meio às comemorações alusivas ao Dia do Assistente Social, 15 de maio, profissionais destacam a importância da função, os benefícios adquiridos pelo usuário após o cumprimento de demandas e os principais desafios enfrentados no cotidiano do maior complexo hospitalar do Estado de Sergipe.

“A participação do assistente social consiste desde o acolhimento, ou seja, desde a chegada do paciente ao Huse até o internamento e/ou ambulatório. Oferecemos a orientação necessária ao pleno uso dos direitos sociais por quaisquer cidadãos, independente da faixa etária, no sentido de contribuir para o bom andamento do tratamento oncológico desses pacientes”, explicou Carolina Sampaio, uma das quatro assistentes sociais do Centro de Oncologia do Huse.

A cada turno, uma dupla de profissionais se mantém empenhada no cumprimento de demandas espontâneas, que surgem nos setores de radioterapia e ambulatoriais, bem como no internamento. Essas últimas, por sua vez, identificadas em sua maioria durante as visitas aos leitos. “Os encaminhamentos necessários à resolução de cada caso, seja no que diz respeito aos previdenciários, assistenciais ou relacionados a outras instituições, como casas de apoio, correspondem às demandas espontâneas. Já o trabalho diário realizado durante as visitas aos leitos implica, principalmente, em dar suporte aos familiares em benefício do tratamento do paciente internado”, garantiu Carolina.

Visitas

Executadas diariamente no turno da tarde pela assistente social Kelly Araújo Valença, as visitas aos leitos representam um importante recurso efetivador de direitos para o usuário do SUS que utiliza o Centro de Oncologia do Huse. “Perceber se há e qual é a natureza dos conflitos familiares que podem ameaçar a saúde do paciente se faz necessário no exercício das funções cabíveis ao assistente social, o que também o torna mediador de conflitos, os quais já se tornaram comuns no cotidiano hospitalar. Principalmente em situações críticas, a compreensão da família é de fundamental importância para a melhoria do estado de saúde do usuário”, frisou Kelly.

Ao passo em que são dinamizadas as visitas aos leitos, o serviço social do Centro de Oncologia do Huse viabiliza a participação de um assistente social nas visitas domiciliares realizadas por uma equipe multiprofissional, também formada por médico, enfermeiro e psicólogo. “Tais visitas são realizadas em benefício de usuários do SUS que requerem cuidados paliativos, a exemplo de aplicação de medicamentos. O assistente social procura conhecer o paciente, bem como seus familiares, e orientá-los com vistas à plena recuperação do enfermo”, afirmou a referência técnica em Serviço Social Alana Cassimiro.

Parcerias

Para garantir o total êxito nas resoluções dos casos, o serviço social do Centro de Oncologia do Huse ainda mantém parcerias com prefeituras e secretarias municipais da saúde, além do Instituto de Identificação de Sergipe. De acordo com Alana Cassimiro, a conexão mantida com a rede de assistência em saúde favorece, especialmente, a garantia de direitos para grupos vulneráveis, entre eles, crianças, adolescentes e idosos.

“O assistencialismo perde a razão de ser quando se prima por um serviço efetivador de direitos. É dever do assistente social zelar pela integração da família quando se tem em vista a saúde e o bem estar do paciente e orientar quaisquer usuários do SUS sobre o uso de recursos que lhe são legalmente garantidos, considerando que o estreitamento da relação entre o assistente social e a família se torna ainda mais intenso em casos que envolvem idosos ou cidadãos em situação de rua”, detalhou.