Dia das mães é comemorado com emoção na Oncologia

Um momento repleto de emoção. Assim foi marcada a comemoração do Dia das Mães na manhã desta quinta-feira, 10, no Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Celebrada oficialmente no segundo domingo de maio, a data festiva antecipada pela unidade reuniu profissionais de saúde, pacientes, acompanhantes e voluntários.
 
A programação começou com a celebração de uma missa, realizada pelo padre Givanildo Paes, que proferiu mensagens de paz, otimismo, orações de agradecimento e uma reflexão sobre o dia das mães e em especial às mães que estão internadas e as que cuidam dos filhos na unidade. Em seguida foi a vez da pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular Maria Aparecida Abreu dar o seu testemunho de fé, por estar curada contra um câncer de mama.
 
“Estive aqui em 2002 e fui muito bem acolhida. Quero agradecer a Deus pela estrutura e pelas pessoas iluminadas que colocou em meu caminho. Deus é quem nos sustenta e busquei a força nele. Você, mãe, você, filho, que está passando por momentos de turbulência aqui na unidade, creia em Deus, Ele é a cura”, afirmou.
 
Conforto

“Cheguei angustiada e aqui encontrei conforto e acolhimento”. Esse foi o depoimento emocionante da auxiliar contábil Edjane Santana, 39 anos. Há 15 dias, ela descobriu que o seu filho André Luiz, 11 anos, está com leucemia. “A festa está linda, fomos muito bem recepcionados. Estamos aqui para vencer, tenho muita confiança em Deus. Sei que as coisas vão dar certo”, declarou.
 
A fé em Deus também é o porto seguro da dona de casa Rosane Carvalho, 36 anos. Ela abdicou do seu trabalho por uma causa justa, cuidar da sua mãe, Conceição Carvalho, 66 anos, que está em tratamento contra um câncer no útero há cinco meses. “Estou retribuindo tudo o que ela já fez por mim durante a minha vida. Dou apoio, cuidado, carinho e proteção. Ela também reage muito bem com toda essa diversão”, ressaltou.
 
De acordo com a coordenadora da Oncologia, Rute Andrade, as atividades de humanização servem de estímulo às mães para continuarem lutando. “Essa humanização serve de estímulo as mães e faz com que elas aceitem o tratamento. O resultado sempre é positivo, as chances de cura aumentam, melhora o tratamento e a disposição do paciente e da família que acompanha”, enfatizou.
 
Festa
 
Em um ambiente decorado especialmente para o Dia das mães, a festa contou ainda com a apresentação do Grupo de Dança formado por crianças da Igreja do Evangelho Quadrangular e em seguida do coral da Associação de Apoio ao Adulto com Câncer de Sergipe (AAACASE), formado pelas pacientes com câncer de mama do Grupo Mama Fest.
 
As crianças internadas na unidade, e em tratamento, fizeram uma homenagem especial às mães e distribuíram cestas de flores e chocolates. Uma emoção que não será esquecida pela dona de casa Tatiane dos Santos, 49, mãe da pequena Laísa Beatriz, 8, que está em tratamento contra uma anemia falciforme. “Estou muito emocionada com uma homenagem tão linda. Tenho força e fé em Deus. Ele não vai nos desamparar. Esse dia é muito especial, estou aqui com minha filha e ela vem respondendo bem ao tratamento. Participo de todas as atividades da oncologia e em cada uma delas é uma nova emoção. Fico renovada”, explicou.
 
Como forma de retribuir a doação das mães que fazem do hospital um segundo lar, o Centro de Oncologia distribuiu brindes e lanches. Cestas recheadas de flores e chocolates serviram de condecoração para as mulheres batalhadoras que abrem mão da própria vida para acompanhar os filhos na incansável luta pela doença.
 
A promotora dos Direitos à Saúde do Ministério Público de Sergipe, Euza Missano, participou das comemorações e parabenizou a iniciativa. “Fornecer um momento de descontração para essas famílias é muito importante para o resultado do seu tratamento. São patologias que requerem acolhimento e cuidado com esses pacientes. Tenho certeza que eles encontram um pouco mais de conforto aqui. A gente só pode parabenizar os organizadores pela iniciativa”, disse.
 
A dupla ‘João Neto e Cezinha’ encerrou a festa com muita música romântica. O variado repertório do chamado ‘novo sertanejo’ empolgou o público e fez todo mundo dançar.