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Cuidados e orientações especiais para pacientes traqueostomizados. Foi para debater sobre essas informações que profissionais do Centro de Oncologia, do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) estiveram reunidos nesta segunda-feira, 23, na sala de radioterapia para prestarem esclarecimentos ao paciente e seu cuidador, orientando e auxiliando no seu tratamento.

Uma equipe multidisciplinar formada por médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, dentista e fonoaudiólogo está atenta às especificidades desses cuidados uma vez que o indivíduo encontra-se fragilizado, ansioso pela situação que vivencia e que após a cirurgia, passa a conviver com uma nova realidade. Os encontros acontecem quinzenalmente com a participação dos pacientes.

A fisioterapeuta Karla Mendonça falou sobre o trabalho da fisioterapia para ajudar na respiração desses pacientes. “Eu expliquei como funciona o aparelho respiratório e as vias aéreas superiores, antes e depois de uma traqueostomia. Fazemos um trabalho importante para ajudar na respiração e na musculatura do pulmão. Uma atividade fundamental para garantir uma adequada evolução do paciente”, comentou.

Independência

Outro tópico importante foi esclarecido pelo enfermeiro Gilmar Batista. Ele demonstrou, através de um boneco, como é feita a limpeza do traqueostomo e explicou a diferenciação dos traqueostomos de plástico descartável – utilizado em procedimentos cirúrgicos – e o de metal – mais recomendável e utilizado durante todo o tratamento.

“Ensinamos alguns cuidados que o paciente deve ter porque ele vai passar a conviver com um traqueostomo. Evitar ficar em ambiente frio, evitar se expor ao vento com poeira, tudo isso é prejudicial. Dar orientação técnica e mostrar para o paciente, para a família e para os próprios profissionais que o paciente pode ter quase todas as atividades que realizava antes”, disse.

A manicure Gilvanira de Jesus estava atenta às orientações passadas pelos profissionais. Há quatro meses, o seu pai, Josá Correia, faz uso de um traqueostomo. Segundo ela, no início era tudo muito difícil. “Aqui no grupo aprendi muito. Tinha muitas dúvidas que foram esclarecidas durante os encontros. Os profissionais são muito legais e o que era mistério acabou”, declarou.

Readaptação

O acompanhamento fonoaudiológico associado ao trabalho da equipe multidisciplinar também é fundamental para garantir uma adequada evolução do paciente traqueostomizado, trazendo maior possibilidade de readaptação e melhor qualidade de vida para eles.

A fonoaudióloga Liane Santana explicou em que influencia a presença do traqueostomo na fonoaudiologia. “Os efeitos na comunicação, respiração e deglutição variam de acordo com o local, extensão e tipo de cirurgia realizada. Com a formação desse grupo de pacientes traqueostomizado, buscamos a transmissão do conhecimento sobre a traqueostomia, o convívio com ela, a higiene, a alimentação, o auto-cuidado, a comunicação e o dia-a-dia. Os resultados são surpreendentes a cada encontro”, enfatizou.

A dona de casa Iraildes de Souza fez questão de acompanhar o esposo, José Augusto de Souza, ao grupo de pacientes traqueostomizados. Segundo ela, as dúvidas ficaram para trás. “Esse grupo é uma benção. Aprendi muito com essa turma e agora cuido ainda melhor do meu esposo, principalmente a limpeza e os cuidados com o paciente”, concluiu.

Traqueostomia*

A traqueostomia é um dos recursos que podem ser usados para facilitar a chegada de ar aos pulmões quando existe alguma obstrução no trajeto natural É uma pequena abertura feita na traqueia, que fica na parte anterior do pescoço, próxima ao “pomo de Adão”. Neste local, é introduzido um tubo de metal (chamado cânula traqueal) para facilitar a entrada de ar.

*Com informações do Instituto Nacional do Câncer

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