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O hall de entrada da Academia Sergipana de Letras ficou pequeno para a quantidade de pessoas, dentre elas o governador Marcelo Déda, que compareceu ao local para se despedir do historiador e jornalista Luiz Antônio Barreto, falecido nesta terça-feira, 17, após complicações resultantes de uma infecção generalizada originada por uma infecção urinária.

Déda, que no início da tarde decretou Luto Oficial de três dias no estado, se mostrou emocionado ao descrever a importância e lamentar a perda do historiador para Sergipe. “Costuma-se dizer, diante da perda de um amigo ou uma personalidade pública, que aquele espaço dificilmente será preenchido. Poucas vezes, nos meus 52 anos de existência, vi-me diante de uma situação onde essa frase de efeito se enquadra com tanta perfeição. É difícil encontrar no horizonte da cultura, no terreno da inteligência sergipana, alguém para substituir a lacuna que se abre hoje, com a partida de Luiz Antônio Barreto”, externou Déda.

Ao transmitir suas palavras de adeus, o governador lembrou que, infelizmente, tem se tornado frequente a despedida a alguns grandes amigos. “Nos últimos tempos a vida tem nos impostos a tarefa triste de dizer adeus a velhos amigos e as palavras se transformaram em meios de transporte da dor e portadoras de saudade, mas também em instrumentos de reconhecimento e gratidão por aqueles que deixaram esta vida, que partiram da nossa convivência física para habitar o território da memória e conviver no ambiente da lembrança. Estou aqui, mais uma vez, diante do ataúde de um grande sergipano e amigo, para transmitir as palavras de adeus de alguém que pode conviver com ele, no acordo e na divergência e de quem aprendeu admirá-lo, mesmo quando se atreveu a criticá-lo. Hoje, posso dizer, com tranquilidade extrema, sem correr o risco de abusar de uma figura de retórica, que Sergipe perde uma das suas mais brilhantes inteligências”, ressaltou o governador.

Em seu discurso, para enaltecer a figura do pesquisador, Déda evidenciou três pontos de destaque na vida intelectual de Luiz Antônio: o resgate da obra e prestígio de um dos maiores filósofos brasileiros, o sergipano Tobias Barreto de Menezes; a produção de uma ampla obra focada no folclore, na cultura e no entendimento do povo sergipano; e por fim, sua marca como historiador e arquivista incansável, na busca de relatar e transmitir para posteridade as ações e os personagens que ajudaram a construir Sergipe, revelando, nas palavras do governador, o que se pode observar por trás da sua obra. “Eis aquilo que foi a essência da sua obra: a sergipanidade”.

Para o presidente da Empresa Pública de Serviços Gráficos de Sergipe (Segrase) e amigo há 38 anos do historiador, Jorge Carvalho,  o pesquisador, além de toda sua importância intelectual, tinha como forte característica estimular e cultivar amigos. “Luiz levou a vida a cultivar e estimular os amigos. Com ele, aprendi a gostar de ler e escrever ao ser apresentado, enquanto ainda estudante secundarista, à Biblioteca Epifánio Dória e aos clássicos da literatura, filosofia e economia. Cito meu exemplo, pois sei que foi esse estímulo que ele ofereceu a várias pessoas que o cercaram durante sua vida”, explicou Jorge Carvalho.

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