Pronese investe na construção de cisternas e sistema de abastecimento de água

O Governo do Estado de Sergipe, através da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), está investindo R$ 4,28 milhões na construção de cisternas e sistemas de abastecimento de água em 17 municípios onde as comunidades passam por longos períodos de seca. As obras estão sendo realizadas com recursos do Projeto de Combate à Pobreza Rural (Prosperar), dando condições para que as próprias comunidades apresentem e executem seus projetos.
 
Riachão do Dantas foi o município que mais apresentou projetos e construiu cisternas. Segundo a Pronese, só em abastecimento de água foram investidos R$ 724.104,55. No Povoado Bonfim, a 19 quilômetros da cidade de Riachão, o projeto de abastecimento de água já está beneficiando 184 famílias. Enquanto no povoado Areias, os projetos de cisternas já são uma realidade no quintal das casas, facilitando a vida das pessoas que garantem ter melhorado a saúde e a qualidade de vida.
 
O presidente do Conselho Municipal de Riachão do Dantas, Albertino Franca, falou que “graças ao trabalho em parceria entre a Associação e o Conselho de Desenvolvimento Municipal – Condem, conseguiu-se realizar os projetos de abastecimento de água que representa a maior necessidade da comunidade. Disse Albertino que “a dificuldade de ter água para o consumo humano sempre foi um problema sério para os moradores, uma vez que, eles tinham que ir buscar no chafariz ou em tanques por meio de baldes, potes, carroças e tonéis e hoje, com a implantação do sistema de abastecimento, facilitou a vida das famílias.
 
Segundo José Alves da Silva Primo, presidente da Associação Comunitária Produtiva dos Moradores do Povoado Bonfim e Adjacências, o sistema de abastecimento de água é mantido pela própria comunidade. “Foi perfurado um poço com 80 metros de profundidade que, por meio de bomba, abastece o reservatório com 20 mil litros de água por dia, distribuída por encanamento para as residências. Ele explica que cada família contribui com R$ 7 por mês para a associação, dinheiro que paga a energia e a manutenção da limpeza do reservatório de água.
 
“As 60 famílias do povoado Curralinho preferiram construir cisternas”, disse Josenilton Araújo da Conceição, agricultor e presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitária do Povoado Curralinho. Ele conta que sem água não se vive. “Além da preocupação com consumo das pessoas, existe também a necessidade de água para os animais e para o plantio.
 
“Com a construção das cisternas, graças ao apoio do Governo Estadual, resolvemos o problema do abastecimento de água, melhorando a qualidade de vida e a saúde dos moradores, uma vez que, temos água limpa e de boa qualidade. Quando a chuva vem é uma benção de Deus, porque a água da chuva abastece as cisternas. Disse ainda, que antes da construção das cisternas, os moradores pegavam água no tanque e quando chovia a água era barrenta e era consumida assim mesmo”, concluiu o presidente da Associação. 
 
Cisternas em Itabaiana
 
No município de Itabaiana a Pronese liberou R$ 466.164,45 para construção de cisternas para 100 famílias. Com essa conquista, os moradores deixaram para trás aquela situação de escassez de água e também de insalubridade. A população tinha como única opção a utilização da água barrenta de um açude distante das residências. Para o presidente da Associação Comunitária do Povoado Flecha, Francisco Nicácio, a cisterna foi a melhor solução até que toda aquela região possa ter distribuição domiciliar de água através de adutora.

“Francisco conta que costumava ver muitas mulheres carregando potes e latas d’água na cabeça para buscar água do açude. A preocupação maior era porque até as crianças de manhã cedo e à tarde eram vistas nas estradas carregando água. Por isso, se deu a necessidade do projeto de cisternas”. Os moradores captam água de chuva que desce dos telhados e escoa por meio de calhas, passam por telas de aço com malhas finas para coar folhas ou outros resíduos que desce do telhado. A água escoa pelos canos até as cisternas que são totalmente fechadas.
Cisternas para comunidade quilombola
 
A comunidade quilombola Catuabo, no município de Frei Paulo, foi atendida com 18 cisternas. A moradora Joelma Lima Santana conta que para lavar roupa caminhava 2 km até o Açude Imbira. Dependia da boa vontade dos vizinhos para conseguir um pouco de água porque não podia pagar R$ 50 por cinco mil litros de água. Hoje ela tem sua cisterna de 15 mil litros para todas as necessidades.