Alunos elogiam oficina de Continuidade Cinematográfica
O audiovisual sergipano recebe cada vez mais incentivos. Como parte da programação do projeto Orlando Vieira, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), foi realizada durante toda a última semana um curso sobre Continuidade Cinematográfica. A oficina, que ocorreu na Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED), encerrou-se nesta sexta-feira, 9, sendo amplamente elogiada pelos participantes. Foram parceiros da Secult na execução do curso: o Centro Audiovisual Norte-Nordeste (Canne) e o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV).
As aulas foram ministradas pela continuísta, diretora e roteirista, Adelina Portugal. Em seu currículo, grandes produções, como: Central do Brasil, Abril Despedaçado, O Bem Amado, entre outros. Segundo ela, a Continuidade Cinematográfica consiste na unidade do filme.
“Fizemos aqui uma oficina de introdução, tomando como exemplo filmes e planilhas desenvolvidas durante essas produções. A continuidade é responsável pela unidade do filme, afinal raramente você tem um filme que será gravado em ordem cronológica. A continuidade está relacionada com a montagem, cabe ao continuísta estar atento à maneira como o filme foi gravado”, explicou Adelina, que ainda elogiou a grande procura e participação dos alunos sergipanos.
O curso para os participantes
Formado por um público ligado ao audiovisual sergipano, o curso trouxe uma nova visão para os participantes acerca da importância da continuidade na realização de qualquer produção. Além disso, os alunos afirmaram que toda a experiência de Adelina Portugal deu um gás a mais ao curso.
Marlon Delano é um desses. Estudante do 6º período de Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS), ele destacou que a continuidade é a base de qualquer produção. “Não imaginava que a continuidade fosse algo tão trabalhoso, afinal trata-se do esqueleto, da base do filme. Durante estes cinco dias fomos bem orientados por Adelina, que sem dúvidas tem uma bagagem muito boa”, disse.
Diretora de Arte e estudante de Artes Visuais, Everlane Moraes lembrou que a continuidade é uma área que está em ascensão e que ainda tem pouco profissionais especializados. “Se você tem conhecimento acerca dessa área, você terá maior controle acerca da concepção do filme. A continuidade está numa fase de explosão e necessita cada vez mais de profissionais mais gabaritados, já que o continuísta é responsável pela análise e seqüência do roteiro”, ressaltou Everlane.
Já Raiane de Souza vê a continuidade atrelada à fotografia, sua área de especialização. “Na fotografia trabalhamos com os planos, e a continuidade desses planos é de suma importância, principalmente para dar a impressão do real. Fico muito feliz em poder participar desta oficina, que acredito estar sendo realizada pela primeira vez no estado”, disse.
Sobre o projeto Orlando Vieira
O projeto Orlando Vieira integra uma série de ações como oficinas, mesas redondas, exibições de filmes, mostras fotográficas, além da digitalização de todo acervo documental e de fotos do ilustre artista sergipano, Orlando Vieira. Lançado em setembro deste ano, o projeto também lançou o Edital de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Digitais de Curtas Metragens, cujo investimento será de R$ 150 mil. Cinco projetos de curtas metragens digitais de até 15 minutos nas categorias ficção e documentário serão contemplados através do edital.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Alunos elogiam oficina de Continuidade Cinematográfica – Fotos: Ascom/Secult