Governo garante escala de anestesiologistas normalizada a partir do dia 1º

A partir do diálogo, Secretaria de Estado da Saúde (SES), Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) e os anestesiologistas chegaram ao entendimento. A partir do dia 1º de novembro, a escala da categoria volta ao normal, realizando também cirurgias eletivas. O fruto do acordo foi apresentado na manhã desta terça-feira, 25, no Ministério Público do Estado (MPE).

Sobre o pagamento da categoria, a promotora de Direitos à Saúde do MPE, Euza Missano, foi informada de que uma parcela já foi paga no dia 21 de outubro. Outra parcela será paga no próximo dia 28. Quanto ao pagamento dos meses de setembro e outubro, será efetuado em cinco parcelas a cada dez dias a partir de novembro.

Conforme orientação do MPE e do Ministério do Trabalho, a maior parte dos anestesiologistas serão contratados temporariamente por contratos individuais e não mais por meio de cooperativa. “O contrato por cooperativa só será realizado se houver necessidade para fechamento de escala”, disse Euza Missano.

O diretor geral da FHS, Emanuel Messias, também informou que haverá concurso para médico. Segundo ele, o edital será estruturado de forma que atraia a categoria. O processo seletivo deve ser realizado até dezembro deste ano. “Ainda esta semana, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cesp) vem a Aracaju para conversarmos sobre o concurso”, disse Emanuel.

Durante a audiência, também foi pactuado que SES, Fundação e anestesiologistas vão eleborar juntos uma proposta para reformular a Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SPRA).

União

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos Guimarães, o acordo só foi possível porque houve empenho de todas as partes. “Parabenizo a postura dos médicos que enquanto profissionais individuais se reposicionaram na relação e negociação com a FHS. Destaco também o posicionamento da diretoria da Fundação que só negociou o possível de ser pago. Além disso, é preciso enaltecer o MPE que respeitou a negociação, deu prazo para que isso pudesse acontecer e valorizou o papel de todos os envolvidos. Participei de algumas reuniões e assumo o compromisso público de que esse acordo será cumprido”, disse.

Emanuel Messias também destacou o processo de diálogo entre as partes. “O problema está equacionado a partir de cinco reuniões em que dialogamos muito. Tanto gestores como anestesiologistas saem muito mais maduros com pactos firmados”, afirmou.

O representante da comissão dos anestesiologistas, Ronaldo Gurgel, reafirmou a importância do acordo firmado. “SES, Fundação e profissionais estabelecem a partir de agora uma nova relação. Com este compromisso, quem sai ganho é a população”, reiterou o médico.