Sergipe discute avanços e desafios na área social durante conferência

Dando continuidade às atividades da IX Conferência Estadual de Assistência Social – que este ano tem como tema “Avançando na Consolidação do Sistema Único da Assistência Social (Suas) com a Valorização dos Trabalhadores e a Qualificação da Gestão dos Serviços, Programas, Projetos e Benefícios” – mais de 300 pessoas participaram nesta terça-feira, 18, de palestras e debates sobre os mais variados assuntos, entre eles: o Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas) e o Controle Social; Estratégias para a Estruturação da Gestão do Trabalho no Suas; Fortalecimento da Participação e do Controle Social; Reordenamento e Qualificação dos Serviços socioassistenciais; e do Desenvolvimento e Inclusão Social em Sergipe.  

A iniciativa, que acontece no Hotel Parque dos Coqueiros, em Aracaju, e segue até esta quarta-feira, 19, contou com a participação da assistente social e assessora Técnica do Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome (MDS), Iêda Maria Nobre de Castro, que proferiu uma palestra sobre Reordenamento e Qualificação dos Serviços Socioassistenciais. Iêda destacou que a Conferência é um momento de reordenar e reorganizar propostas para melhorar a qualidade do serviço.

“De 2005 para cá a gente vem implantando o Suas, a tipificação dos serviços em todos os estados brasileiros, avaliando se a quantidade de serviços que temos atende as necessidades da população, se a forma que está estruturada e a quantidade de pessoal atende também as necessidades da população”, colocou. “Esta análise precisa ser permanente e é isso que estamos fazendo aqui: avaliando o que foi conquistado e traçando novas metas e desafios”, disse a assistente social.

A presidente do Ceas, Aída Santana, relatou que a iniciativa promovida pelo Conselho e pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), está seguindo os rumos previstos pela organização. “Hoje temos discussões em grupo para avaliação das propostas deliberadas nas conferências municipais. Cada grupo trará novas propostas e 12 serão eleitas para serem encaminhadas ao Conselho Nacional de Assistência Social para, em seguida, serem levadas para a Conferência Nacional, que acontece de 7 a 10 de dezembro, em Brasília”, frisou Aída.

Para o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e assessor Econômico do Governo do Estado de Sergipe, Ricardo Lacerda, as conferências fazem parte do processo de democratização de um país. “Esse é um processo relativamente novo que o Brasil tem iniciado nos últimos 10 anos mostra o amadurecimento da nossa democracia no sentido de incluir a participação dos profissionais das áreas de modo efetivo na construção das políticas públicas do país”, observou.

Também como palestrante do dia, Lacerda falou sobre o Desenvolvimento e Inclusão Social em Sergipe e destacou como ponto principal os avanços do Brasil em termos econômicos e sociais nos últimos anos. “A presidenta Dilma colocou como principal tarefa do Governo a erradicação da miséria, então a participação de Sergipe nesse processo é avançar no desenvolvimento e na inclusão social”, afirmou.