Técnico da Semarh profere palestra sobre morcegos em mini-curso na UFS de Itabaiana
Técnicos da Superintendência de Biodiversidade e Florestas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SBF/Semarh) participaram na manhã desta terça-feira, 11, da realização da II Semana de Biologia de Itabaiana, a II Sebita. No evento, desenvolvido pelos próprios acadêmicos do curso de Biologia da Universidade Federal de Sergipe (unidade Itabaiana), como contribuição ao conhecimento, os técnicos ambientais da Semarh falaram sobre a importância dos morcegos para o meio ambiente.
Com o tema ‘Morcegos: Seres Extraordinários’, o coordenador do Monumento Natural Grota do Angico, Unidade de Conservação (UC) gerida pela Semarh, Jefferson Simanas, fez uma ampla explanação sobre o mamífero voador, destacando a sua importância para o ecossistema, comportamento, e ainda, mitos e lendas sobre a espécie.
Durante o minicurso sobre o tema, de duração de quatro horas, Jerfferson esclareceu a parceria fundamental do morcego com a natureza. “Além de dispersadores de sementes, alguns morcegos são polinizadores. Segundo pesquisa, 70% das espécies vegetais existentes na floresta amazônica são nascidas por dispersão ou polinização feita exclusivamente pelos morcegos. No Brasil, 500 espécies foram geradas pelo mesmo processo, polinização ou dispersão dos morcegos”, apontou.
Ele ainda explicou que das nove famílias de morcego da espécie subordem microchiroptera, que existem no país, sete são encontradas no Estado de Sergipe. “O número representa uma grande riqueza. A presença das sete famílias no Estado é um reflexo de que ainda temos ambientes preservados e nos alerta para mantê-los, a fim de assegurar a biodiversidade local”, afirma Jefferson, destacando que uma grande parte dos morcegos se alimenta de insetos, outra de frutas ou néctar, peixe, carne e até de sangue, em menor número. “Os que se alimentam de insetos são controladores naturais das populações de insetos, como pragas agrícolas e vetores de doenças”, conta o técnico da Semarh, que trabalha com morcegos a cerca de 10 anos.
De acordo com o coordenador da II Sebita, Luiz Ricardo Oliveira Santos, a realização do evento buscou trabalhar novas possibilidades de estudos na área, inclusive, de ampliar novos caminhos para o profissional da área. O II Sebita teve como foco esse ano, a relação “Saúde e Meio Ambiente”. “A curiosidade pela área de Zoologia é sempre muito grande. Nas palestras e minicursos, assistimos basicamente aos mesmos temas, ratos, cobras, por exemplo. Porém, a vida do morcego e a sua importância para a natureza é algo novo, ainda sem grande divulgação de trabalhos”, comentou.
Seres extraordinários
Desde o mês de setembro, os técnicos da Semarh percorreram vários espaços rurais divulgando a importância dos morcegos para a biodiversidade e sustentabilidade do ecossistema. Diversas escolas, localizadas em pequenos povoados e nas sedes dos municípios de Capela, Canindé de São Francisco e Poço Redondo- regiões onde estão localizadas as UCs do Estado- foram visitadas pela equipe da SBF.
Conforme explica o biólogo Jefferson Simanas Mikalauskas, a iniciativa da Semarh nasceu a partir de campanha realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA/Unep), que elegeu os anos de 2011 a 2012 como o ‘Ano Internacional do Morcego’. A campanha visa propagar o melhor conhecimento e incentivar a valorização das espécies.
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