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Foi realizada na manhã desta quinta-feira , 6, a 4ª Assembleia Geral do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Sergipe (Fepeti/SE) .Com o tema ‘Conferindo Políticas Públicas na Prevenção e no Enfrentamento do Trabalho Infantil’, a assembleia aconteceu no auditório da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (Caa/SE).

A coordenação colegiada do Fórum esteve presente no evento, com as seguintes representações: Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), Drª. Verônica Oliveira; Ministério Público do Trabalho, Dr. Emerson Albuquerque Rezende; Conselho Regional de Psicologia, Drª Edelvaisse Mendonça; Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Conceição Balbino; Associação dos Moradores e Amigos da Nova Brasília, Ernani;  a Secretaria Estadual de Educação e Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Danival Falcão.

Na apresentação inicial, a representante da OAB, Verônica Oliveira, falou que o Fepeti/SE foi reativado em março de 2011, após várias assembleias e a elaboração do Regimento Interno. “Esta assembleia é fruto de muito trabalho voluntário das entidades que fazem parte do colegiado”, ressalta.

A médica pediatra do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Edda Machado, palestrou sobre a saúde do trabalhador infantil. Ela falou sobre a fragilidade física e psíquica de crianças na execução de tarefas laborativas. “A criança tem músculos e articulações em formação, ela não tem força, não podemos inferir uma carga onde não há estrutura. A questão psíquica e o próprio desenvolvimento do cérebro são mais motivos pelos quais crianças não devem trabalhar”, explica.

Boas práticas

Atividades desenvolvidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foram mostradas no evento através de apresentações culturais. Participaram o Coral do Peti da Prefeitura de Carmópolis, o Grupo de Reisado do Peti da Prefeitura de Japaratuba e o Grupo de Dança do Peti da Prefeitura de Itaporanga.

O presidente do Cedca e também representante da Secretaria Estadual de Educação, Danival Falcão, explicou a importância de mostrar as atividades que o programa do Governo Federal realiza. “Este é um espaço de socialização dos trabalhos desenvolvidos, é a oportunidade de conhecer o trabalho, sem esquecer que os beneficiários do Peti são crianças de zonas vulneráveis”, complementou.

Mesa redonda

Os municípios de Itabaiana, Lagarto, e Nossa Senhora da Glória estão entre as cidades sergipanas cujo índice de trabalho infantil é mais elevado. Estas cidades compartilharam a experiência no processo de prevenção e conscientização contra este tipo de trabalho.

A coordenadora de projetos da Secretaria Municipal de Educação de Itabaiana, Patrícia Celestino, falou da cultura do trabalho infantil na região do agreste sergipano. “Temos que sensibilizar a família e mostrar a ela até que ponto a participação da criança nas atividades é ajuda ou é exploração” argumenta.

A responsável pelo Peti da Secretaria de Inclusão Social de Itabaiana, Andreza Menezes, reforçou a importância do trabalho de sensibilização da família e mostrou as atividades do programa. “Temos oficinas de pintura, dança, futebol, e agora temos também a Orquestra Experimental. O objetivo é transformar esta orquestra, em uma orquetra municipal formada pelas crianças” disse entusiasmada.

A representante da Secretaria Municipal da Educação de Nossa Senhora da Glória, Susane Quintela, salientou a resistência inicial dos professores no combate ao trabalho infantil. “Os professores não acreditavam que o trabalho rural e na feira fossem exploração do trabalho de crianças e permitiam a saída de alunos pela manhã no horário da feira”, concluiu.

Saulo Santos, da Secretaria de Assistência de Nossa Senhora da Glória, mostrou que o valor dos benefícios são pequenos, se comparados ao trabalho de um dia de feira. “A falta de recursos das famílias dificulta o combate do trabalho infantil, temos que trabalhar antes a família”, opinou.

A diretora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Lagarto, Tathianne Santana, apresentou o programa que a Secretaria Municipal de Saúde oferece na região. Segundo a diretora, o Cerest é um serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) que se destina a promoção e saúde do trabalhador. “Em Lagarto fizemos palestras, mostramos filmes sobre o trabalho infantil e realizamos o Encontro Regional do Trabalhador”, expôs.

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