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Por Monique de Sá, da Ascom/Secult

Professora, musicista, dançarina. Estes são alguns dos talentos da ilustre laranjeirense Eufrozina Amélia Guimarães, ou como é mais conhecida, Zizinha Guimarães. Nascida em 1872, a artista e mestra ganhou notoriedade em virtude dos seus feitos no cenário educacional e social na cidade de Laranjeiras. É por toda a sua história dedicada à cultura que Zizinha não poderia ficar de fora das mulheres homenageadas pela quinta edição do ‘Primavera dos Museus’.

O projeto ‘Primavera dos Museus’ é um macro projeto nacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A temática deste ano é ‘Mulheres, Museus e Memórias’, e foi pensando nisso que a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) elaborou uma rica programação homenageando ilustres mulheres sergipanas. Nesta quarta-feira, 21, o segundo dia de atividades contou com a abertura da exposição ‘Fragmentos de uma vida – Objetos memoráveis de Zizinha Guimarães’, que está montada no Museu de Arte Sacra de Laranjeiras.

Para o secretário adjunto de Estado da Cultura, Marcelo Rangel, o tema do projeto ‘Mulheres, Museus e Memórias’ encaixou-se perfeitamente nas histórias dos museus de Sergipe. “A temática se encaixou principalmente aqui em Laranjeiras, onde temos essa grande figura da cultura popular e da educação, chamada Zizinha Guimarães. É muito importante que esses jovens fiquem sabendo da representatividade dessa mulher, que enfrentou o desafio do seu tempo e superou dificuldades”, comentou o gestor.

De acordo com a coordenadora de Museus da Secult, Sayonara Viana, a escolha dos objetos de Zizinha é fruto de uma pesquisa feita pela museóloga Lívia Borges. “Lívia, através de um convite feito por nós da Secult, aceitou expor sua pesquisa, feita dentro da comunidade e do acervo do Museu de Arte Sacra ”, detalhou Sayonara.

Também esteve presente na abertura da exposição, o secretário municipal da Cultura de Laranjeiras, Irineu Fontes. Segundo ele, todo o trabalho de valorização da cultura da cidade é bem-vindo. “O trabalho da Secult com os museus da cidade é de suma importância, principalmente hoje que traz a vida dessa pessoa que foi Zizinha. É importante manter essa história viva para as pessoas de Laranjeiras”, frisou.

Pesquisa

Com o intuito de salvaguardar a memória da professora Zizinha, a museóloga Lívia Borges resolveu estudar mais a fundo a história dessa professora e musicista. Em 2009, quando ainda era estudante do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lívia começou seu trabalho de conclusão de curso, que só teve fim em julho de 2011.

“A pesquisa foi iniciada em 2009 para ser desenvolvida até o final do curso de Museologia. O trabalho foi apresentado e defendido em julho de 2011 na UFS. Trata-se de um trabalho com estudo dos objetos pessoais de Zizinha e que tem como resultado esse levantamento. Meu principal objetivo é salvaguardar a memória da professora Zizinha – atuante no aspecto educacional e social”, explanou a museóloga.

Lançamento de cordel

Além da exposição, o público que esteve presente, prestigiou, também, o lançamento do cordel de Zezé de Boquim sobre Zizinha Guimarães. Segundo o cordelista, a história de Zizinha é emocionante, e este foi o principal motivo de ter escrito o cordel.

“Quando escrevi, pensei em sua história e essa herança que ela deixou para todos nós que foi o saber. Através de dados, consegui passar toda a sua história para o cordel”, falou Zezé.

Segundo a estudante Rosilaine dos Santos, 18 anos, a inserção da história de Zizinha nas páginas do cordel é bastante interessante, assim como todos os objetos expostos. “Não conhecia a história dela e hoje me orgulho de ter uma pessoa que foi da minha terra, ultrapassou barreiras e é exemplo para a educação no nosso estado”, afirmou a estudante. 

Sobre Zizinha Guimarães

Nascida em 26 de dezembro de 1872, Zizinha enfrentou muitos obstáculos ao longo de sua vida, como o fato de ser negra e de origem humilde. Estudou no Colégio Inglês –  instituição dedicada à educação feminina e deixou um grande legado no campo educacional para os sergipanos. Foi professora, musicista e dançarina. Morreu aos 92 anos de causa natural, em sua residência na cidade de Laranjeiras.

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