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No dia em que se comemora a semana da acessibilidade, 21 de setembro, o Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) debateu com pacientes, acompanhantes e funcionários da unidade os direitos e deveres do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) e a garantia da acessibilidade para pessoas com deficiência, além do estatuto do idoso.

Preocupada com os pacientes e a informação sobre os seus direitos, a coordenadora da Oncologia, Rute Andrade, falou sobre a importância do evento. “Informações desse nível só engrandecem ainda mais os nossos usuários. Hoje nós temos uma rede social de proteção ao idoso que funciona de verdade. Cabe a nós enquanto sociedade denunciar quando acontecer maus tratos. Não podemos ficar calados”, explicou.

De acordo com a assistente social, Cintia Pradinis, o evento faz parte do calendário do Grupo ‘Mama Fest’ – formado por mulheres que fizeram a retirada da mama e que estão em tratamento na unidade. “Essa atividade já estava programada e era de interesse de todos os nossos usuários. Aqui eles sabem quais os espaços que eles têm para discussão, para formulação de políticas públicas e para defender e garantir esses direitos. Eles estão trocando experiências e está sendo bem proveitoso”, disse.

Debates

O evento teve início com o debate do geriatra Cláudio Neves, que destacou o trabalho de prevenção e promoção da saúde do idoso e seus direitos. “Devemos ter cuidado com a alteração de humor, para evitar a depressão. O melhor instrumento para se evitar maus tratos com o idoso é ele se manter saudável, independente, evitar que ele se torne frágil”, declarou.

Ainda de acordo com ele o esclarecimento sobre as leis e seus direitos também é fundamental. “As pessoas realmente precisam desses esclarecimentos e possui o sistema que é originário aqui de Aracaju de notificação obrigatória de maus tratos ao idoso  pelas unidades  de saúde pública e privada que já virou lei municipal, lei estadual e agora se torna nacional”, ressaltou.

Logo em seguida foi a vez da psicóloga do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Kátia Santana, destacar as barreiras enfrentadas por uma pessoa com deficiência. “Não é necessário olhar o deficiente como coitadinho. Cada um tem sua habilidade e especialidade. Então não é porque é deficiente que não pode ser um médico um psicólogo ou um engenheiro é só adequar o espaço para que ele possa exercer a atividade dele e as pessoas têm que ter essa consciência. Essas barreiras têm que ser diluídas aos poucos, ninguém quer ver uma pessoa deficiente em casa, quer ver trabalhando só precisam de cuidado e respeito”, afirmou.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Maria Gorette Medeiros, destacou em sua fala a luta constante para a garantia da acessibilidade. “Me sinto muito honrada em participar desse evento com pessoas tão especiais, que a gente possa sair daqui com um espírito mais sensível e mais acessível para reivindicar nossos direitos de cidadãos. Queremos conscientizar a população sobre a necessidade de inclusão das pessoas com deficiência em todas as atividades, seja no trabalho, no esporte ou no lazer”, enfatizou.

Esclarecimento

Há dois meses em tratamento contra um câncer de mama, a dona de casa Josenilde Silva, 31 anos, não esconde a satisfação de estar recebendo informação a respeito dos seus direitos e deveres enquanto cidadã. “Esse é um momento muito interessante de esclarecimento e conhecimento dos nossos direitos. Estou gostando e aprendendo muito com tudo isso”, explicou.

De acordo com Giselia Correia, 51 anos, o respeito e a sensibilidade são fundamentais tanto para uma pessoa com deficiência quanto para um paciente oncológico. “Aqui sou feliz e respeitada, tenho os meus direitos garantidos, disso tenho certeza”, afirmou emocionada.

Com o costureiro, Sidney Santos, 28 anos, a história se repete.  Ele viu o direito de sua irmã ser garantido e respeitado. Há dez anos,quando ela descobriu um tumor no cérebro, começou a ser tratado no Rio de Janeiro onde residia. Acompanhando o sofrimento dela, o jovem resolveu conhecer o centro de oncologia do Huse e se apaixonou pelo que viu.

“Conseguimos a transferência da minha irmã rapidamente para esta casa que é feita de muito amor. Ela está muito satisfeita com o tratamento, com a equipe médica, com o apoio da família em poder estar perto acompanhando sua evolução. Sem contar que ela também está sendo assistida em domicílio. A oncologia está muito capacitada para receber esse tipo de tratamento, então só tenho a agradecer”, concluiu.

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