Cerâmica faz ampliação com apoio do Governo Estado

A ascensão do parque industrial sergipano, com a chegada de novos empreendimentos para a capital e interior, e a expansão de indústrias já existentes na região, têm sido uma das prioridades do governo de Sergipe na busca pelo desenvolvimento econômico local.

Administrados pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe (Codise), vários são os benefícios concedidos pelo Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), que em muito tem colaborado para alavancar esse crescimento e consequentemente gerar mais empregos e renda no Estado. Com 35 anos de atuação no mercado, a Cerâmica São José, localizada em Itabaianinha, a 118 km de Aracaju, é um desses exemplos de empresa bem sucedida que, com apoio governamental, passou recentemente pela maior ampliação de sua história.

Nascido na década de 70 como uma olaria manual, o empreendimento hoje é o maior da região no segmento e conta com três unidades industriais para a produção de blocos estruturais, de vedação e lajotas de teto, distribuídas em uma área de 150 mil m². “À medida que caminhamos, fomos adquirindo conhecimento, abrindo o mercado e expandindo nosso negócio”, ressalta o proprietário José Abílio Pinto. Beneficiada com incentivos fiscais do PSDI, a Cerâmica São José desde o ano passado vem sendo ampliada, o que garantiu o crescimento de 30% em sua capacidade física e operacional e um aumento na produção que hoje chega a 3 mil toneladas ao mês, além da geração de 100 empregos diretos. “Estamos passando pela maior ampliação da empresa até o momento e até 2012 esperamos dobrar nossa capacidade de produção”, prevê o empresário.

De acordo com José Abílio, a expansão do negócio acompanha o boom observado no mercado da construção civil, onde a Cerâmica São José tem como principais clientes empresas de renome como as construtoras Cosil, Norcon, Celi, a ARC Engenharia e as obras do Plano de Ações Articuladas (PAR), entre outros. “Estamos sempre investindo em pesquisa e tecnologia e em nossa empresa mantemos um laboratório próprio, onde realizamos ensaios e testes em nossos produtos, além de submetê-los a testes em laboratórios credenciados”, observa o empresário, que também dispõe de uma frota própria com 25 caminhões para entrega dos produtos diretamente ao consumidor.

Com 50% da produção da fábrica destinada a atender o mercado da Bahia, a Cerâmica São José fornece também para Sergipe e Alagoas, recebendo do Estado baiano a lenha, principal matéria-prima responsável pelo funcionamento da fábrica. “Compramos a sobra do eucalipto utilizado nas indústrias de celulose, numa espécie de parceria, onde aproveitamos a madeira de resíduo, contribuindo também com a preservação do meio ambiente”, disse José Abílio, que é presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmicas e Olarias do Estado de Sergipe (Sindicer).

Com larga experiência no ramo e possuidor de ampla visão empresarial, ele está sempre procurando levar à empresa as novas tendências do mercado e as discussões voltadas à melhoria do setor. “Estamos inseridos no Arranjo Produtivo Local (APL) de Cerâmica Vermelha, onde participamos com vários projetos, reivindicando licenciamento ambiental para empreendimentos da região e a melhoria da qualidade dos produtos, entre outras ações”, enfatizou.