Centro de Criatividade é palco de mostra de filmes do Sesc

Iniciada no dia 22 de agosto, a ‘Mostra de Filmes Krzysztof Kieslowski’, que homenageia este grande cineasta polonês, está atraindo os amantes do cinema e da dramaturgia para os auditórios espalhados por Aracaju. Até o dia 31, debates e filmes como ‘A dupla vida de Veronique’ e ‘A liberdade é azul’, entre outros, estão disponíveis com entrada franca para quem desejar conhecer um pouco mais da obra deste fabuloso diretor.

O evento é uma realização do Sesc e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através do Centro de Criatividade. A unidade cultural, localizada no bairro Getúlio Vargas, será palco de algumas exibições do festival, que acontecerá também no Sesc Centro, Casa Curta-se e Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira.

Na programação do Centro de Criatividade, constam os filmes ‘Cinemaníaco’, que será exibido dia 24 a parir das 15h; o longa ‘A igualdade é branca’, que terá comentários e mediação da professora e realizadora em audiovisual, Sandra Costa, a partir das 19h do dia 26; ‘Acaso’, que será exibido dia 29, às 19h; e a produção ‘Sem fim’, que será transmitido na quarta-feira, 31, às 15h.

Para o diretor do Centro de Criatividade, Isaac Galvão, o projeto é uma forma de atrair ainda mais o público para as dependências do Centro, através da realização de um trabalho que existia no passado. “O audiovisual era trabalhado aqui no Centro e nós queremos reativá-lo. O objetivo maior desta parceria é fortalecer a relação do Centro na área do audiovisual, ampliando o leque de opções nesta área. Além disso, participar de uma Mostra do Sesc, que é um grande parceiro nosso e que tem tradição com o cinema, é sempre muito importante”, completa.

Sobre Kieślowski

Krzysztof Kieślowski, nasceu em Varsóvia, na Polônia, e foi um grande diretor de cinema que atuou entre os anos 60 e 90. Ele iniciou sua carreira através da produção de documentários, que tratavam da vida dos trabalhadores e dos soldados. A narrativa dos documentários passou então a influenciar os primeiros filmes de ficção do diretor como a ‘A Cicatriz’, ‘Blind Chance’ e ‘Amador’ são exemplos desse estilo.

Mais tarde, Kieślowski realizou para a televisão polonesa uma série de filmes baseados nos Dez Mandamentos (chamada Decálogo) – um filme por mandamento, todos tratando de conflitos morais. Dois deles foram posteriormente produzidos, transformados em longa-metragens: Não Matarás e Não Amarás.

Mais tarde o cineasta aprimorou seu estilo ao realizar seus próximos filmes. Os quatro últimos filmes do diretor foram criados através de uma produção francesa: “A dupla vida de Veronique” (estrelando Irène Jacob) e a Trilogia das Cores (A liberdade é azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha). A trilogia das cores foram filmes baseados nas cores da bandeira francesa e no slogan da revolução do país. Depois do último filme da trilogia o diretor anunciou sua aposentadoria, por estar cansado de fazer cinema, e morreu em 1996, aos 54 anos.