Monumento Grota do Angico sedia curso para pesquisas científicas
Promoção de atividades de pesquisas cientificas e preservação do bioma caatinga. Essa é uma das ações do Monumento Natural Grota do Angico (Mona), criada pela Secretaria de Estado e do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Esta semana, o monumento está apoiando o Núcleo de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), na realização do IV Curso de Campo em Ecologia da Caatinga.
O curso, que faz parte da grade curricular de mestrado em Ecologia e Conservação da UFS, utiliza o Mona como base de estudos e tem por finalidade estimular os alunos às práticas de campo, observando padrões e testando hipóteses ecológicas no bioma Caatinga.
Nesta quinta-feira, 18, os professores Dr. Federico de Siqueira Neves, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Drs. Leandro Souto e Bianca Ambrogi, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), ministraram aulas praticas no Mona. “Essas informações são importantes para estabelecer estratégias de manejo e conservação no próprio Mona, em que os alunos elaboram projetos que poderão ser desenvolvidos em suas dissertações”, destaca Leandro.
Leandro ressaltou também a importância da parceira da Semarh com a UFS para a realização de cursos dessa natureza, uma vez que o Mona é a única unidade de conservação na caatinga sergipana que oferece condições de infra-estrutura para o desenvolvimento de projetos científicos em ecologia.
Para o doutor Frederico de Siqueira, a parceria com órgãos ambientais é fundamental para a disseminação de conhecimento. “Quando os alunos estudam o bioma, eles enxergam a caatinga de uma forma diferente, pensando sempre em ciência, elaborando perguntas do porque dessas espécies e qual o seu papel nesse ecossistema”, frisou.
Além do curso de campo, outras atividades de pesquisas estão sendo desenvolvidas por diferentes setores da UFS com a presença do Dr. Sergio Lisi, do laboratório de Botânica; dos professores Dr. Fiel Alejandro Roig, do Instituto Argentino de Nivologia e Glaciologia- IANIGLA; de Mendoza/Argentina; e do Dr. Mario Tomazello Filho, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz- ESALQ-USP, Piracicaba/São Paulo. Eles estudam a anatomia vegetal e dendroecologica.
Para os professores convidados, as espécies da caatinga do Mona apresentam um enorme potencial para os estudos de dendroecologia, contribuindo então para a preservação do meio ambiente.
Contribuição
Para a acadêmica Izabel Regina Soares da Silva, que participa do curso de mestrado em Ecologia e Conservação, o curso intensivo possibilitou novos horizontes. “O curso, além de disponibilizar uma oportunidade de conhecer um novo bioma e também trabalhar com outras áreas de pesquisas, promove a interação entre os alunos, fazendo com que possam discutir conhecimentos de outras áreas”, frisou.
“O retorno que o Mona tem com esse tipo de disciplina é imenso. A cada curso, as pessoas que participam se transformam em parceiros e multiplicadores nos trabalhos que a Semarh desenvolve na região”, comemora o coordenador do Monumento Natural Grota do Angico, Jefferson Mikalauskas, enfatizando que esse conjunto de atividades demonstra a importância do Mona para a conservação do único bioma exclusivamente brasileiro, que é a caatinga.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Monumento Grota do Angico sedia curso para pesquisas científicas – Fotos: Ascom/Semarh