SE é sede do 9º Encontro Regional de ONGs e Movimentos Aids do NE

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou na noite da última terça-feira, 12, o 9º Encontro Regional de ONGs e Movimentos Aids (Erong) do Nordeste, que segue até o próximo dia 15. O evento, que contou com a logística da Fundação de Estado da Saúde (Funesa) e reuniu instituições de todo o Nordeste, é promovido pelo Ministério da Saúde (MS) em cada uma das regiões brasileiras.
 
Durante o encontro, os participantes discutirão vários temas que apontarão os caminhos e as dificuldades da luta contra a Aids no Brasil. O resultado dessas deliberações será um documento para ser discutido no Encontro Nacional de ONGs e Movimentos Aids, no próximo ano, para definir diretrizes para a Política Nacional do Combate às DST/Aids.
 
De acordo com o gerente do Programa Estadual de DST/Aids da SES, Almir Santana, os principais temas que serão abordados ao longo do encontro serão: Ativismo e Sustentabilidade, Controle Social no Sistema Único de Saúde (SUS), Direitos Humanos, Vulnerabilidade no contexto da Aids e Saúde Integral das Pessoas Vivendo com Aids.
 
“Estamos completando 30 anos da epidemia de Aids no mundo e no Brasil, e o ativismo da sociedade civil permitiu, por exemplo, a aquisição e disponibilização dos mais avançados antiretrovirais. Esse controle social na luta pela melhoria no atendimento na área da saúde, nos dá destaque em relação aos outros países do mundo”, disse Almir Santana.
 
O diretor adjunto do departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, destacou a importância da participação popular e de gestores nos encontros. “Esse encontro da sociedade civil tem a função de reforçar aquilo que foi a construção da luta contra a Aids no país, e, acompanhando as discussões das entidades, vamos saber o que de fato a população está priorizando e buscando no enfrentamento da epidemia”, explicou.
 
A União das Lésbicas de Sergipe Greta Garbo, representada pela presidenta Rosângela Rosa Reis, está preocupada com a possibilidade da transmissão das DST/Aids junto as mulheres lésbicas. “As mulheres lésbicas têm medo de explicitarem que tem Aids com receio de perderem as parceiras. Por isso, vamos fazer nossas propostas em torno da assistência a esse público específico”, afirmou.
 
Já a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP), ONG do Rio Grande do Norte, quer focar o trabalho de prevenção e assistência em Dst/Aids às pessoas que vivem distantes dos centros urbanos. “Estamos aqui para buscar estratégias para assistir as pessoas que estão sendo infectadas pelas Dst/Aids em áreas rurais e povoados, através da formação de lideranças comunitárias”, disse Fábio Vale, presidente da RNP.