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Em homenagem à sua titulação, o Linha Sertaneja (da Aperipê AM) recebeu vários nomes do cangaço para conversarem sobre momentos e personalidades desse período. Dentre eles, a ilustre, legendária e ex-cangaçeira, Aristéia Soares, que participou ao vivo do programa, nesta segunda-feira, 13. Marcaram presença também o escritor e pesquisador, João de Souza Lima; o integrante da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), Kiko Monteiro; e o delegado e apreciador de história, Arquimedes Mendes. O Linha Sertaneja vai ao ar de segunda à sexta-feira, das 15h às 18h.

Com 98 anos de idade, Aristéia Soares é uma entre várias personalidades do cangaço ainda vivas que fazia parte de grupos de cangaceiros no Nordeste. Nascida em Canapi (AL), ela integrava o grupo do cangaceiro Moreno, nas terras alagoanas.

Apesar de nunca ter visto pessoalmente os protagonistas da história do cangaço, Lanpião e Maria Bonita, Aristéia é uma fonte fundamental, como afirma João de Lima. “É nosso patrimônio histórico, é uma marca nordestina e sertaneja. Dentre diversas situações vividas por Aristéia, a realização do seu parto na cadeia é uma das mais interessantes, pois foi quando o seu companheiro, Catingueira, foi morto em combate. Nesse momento, ela se entregou à polícia e teve seu filho na cadeia”, conta.

De acordo com o representante da SBEC, Kiko Monteiro, a ex-cangaceira é uma personalidade histórica, fundamental e importante para que as pessoas conheçam melhor a riqueza da história nordestina. “Ela desmistificou várias afirmações populares sobre o cangaço, principalmente a respeito da natureza violenta desses grupos. Por exemplo, ela serve como prova de que os cangaceiros não roubavam livremente. Primeiro, eles pediam algo para se alimentarem ou darem de comer aos filhos. Se lhe fosse negado, eles argumentavam que o bem seria tirado da pessoa, mas, depois, lhe pagavam”, aponta.

Segundo um dos apresentadores do programa,  Clenaldo dos Santos, Aristéia é uma personagem riquíssima por conhecer muito e ter vivenciado o cangaço. “A participação de Aristéia enriqueceu e muito a nossa conversa e contribuiu bastante para a divulgação e estudo desse cenário. Não só a participação dela, como também a de João de Lima – que está resgatando toda a história do cangaço -, e de Kiko Monteiro – que fez uma pesquisa com 900 músicas só relacionadas a esse conteúdo”, conclui.

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