[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

O PAA é um programa do Ministério de Desenvolvimento Social, criado em 2003, e faz parte de uma das ações do Fome Zero que tem como objetivo garantir o acesso a alimentos em quantidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional. Visa também contribuir para formação de estoques estratégicos e permitir aos agricultores familiares que armazenem seus produtos para que sejam comercializados a preços mais justos, além de promover a inclusão social no campo.

Desde 2009, através de parceria firmada com o Governo Estadual, o programa trouxe para Sergipe um novo mercado consumidor para os alimentos produzidos na pequena propriedade. O governo adquire produtos de cooperativas e associações de pequenos agricultores e efetua a entrega diretamente às entidades como restaurantes populares, cozinhas comunitárias, ou a redes socioassistenciais como asilos e abrigos, responsáveis pelo atendimento a populações em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Entre os beneficiados está a dona de casa do município de Lagarto, Marli Carvalho, 59 anos, mãe de oito filhos, avó de dois netos e que recebe os produtos de qualidade como macaxeira, tomate, coentro, maracujá, repolho, mamão, dentre outros, para um complemento alimentar.
“Antes desse projeto a gente só vivia no aperto para chegar à feira e conseguir comprar tudo que precisamos comer. Agora, com essas doações feitas pelo governo, a gente só se preocupa em comprar a carne, o feijão e o arroz”, comentou Dona Marli, que toda semana vai à associação de moradores da sua região para receber os produtos.

O papel da Cohidro neste programa é de viabilizar a comercialização destes produtos agrícolas oriundos dos Perímetros Irrigados e também inserir os agricultores familiares no mercado. Há 386 agricultores nos Perímetros Piauí, no município de Lagarto, Ribeira, em Itabaiana e Jacarecica II, em Malhador, que comercializaram com o Governo Federal um montante de aproximadamente R$ 2 milhões, beneficiando aproximadamente 35 mil pessoas.
 
Para acompanhar esse trabalho de perto a coordenadora do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Ana Luiza Muller, foi ao Perímetro Piauí com o intuito de descobrir como o Estado de Sergipe vem executando o PAA e avaliou o trabalho na região. “É um acompanhamento de algumas operações. O estado de Sergipe vem sendo um executor muito positivo do programa. É uma satisfação muito grande por parte dos agricultores e das associações que distribuem os alimentos.”, explicou Luiza ao ficar surpresa com a quantidade de famílias que são beneficiadas. “200 famílias é uma proporção muito grande para essa região. Demonstra que tem muita gente que se encontra em situação de insegurança alimentar com necessidade de receber o alimento e a necessidade que a gente tem de fortalecer ainda mais programas deste tipo”, reforçou.

Beneficiados

Enquanto, numa ponta da cadeia, o PAA beneficia os produtores, na outra ponta os beneficiados são as famílias carentes, que recebem o produto como um complemento alimentar.

Para Antônio Amorim, presidente da Associação dos Produtores Irrigado do Piauí, há uma diferença enorme entre o antes e o depois do PAA. “Os agricultores estão estimulados a trabalhar. Temos como exemplo o quiabo que eles antes tinham medo de plantar e não vender. Atualmente, toda semana tem uma boa colheita da cultura. Aqui se planta se vende, se consome e faz o alimento chegar à mesa de quem precisa”, salientou.

O presidente da Associação do Dandara, em Malhador, Luiz Alves de Oliveira, falou das dificuldades que já viveu sem o PAA. “Antes da Cohidro desenvolver este trabalho a gente vivia no sofrimento, pois quem comandava todo o processo de comercialização dos nossos produtos era o atravessador. Todas as regras de compra, de preços e de pagamento eram ditadas por ele. O pagamento era efetuado quando ele bem entendia e o valor da produção ninguém sabia, pois dependia do mercado. Então somente ficávamos sabendo o quanto tínhamos a receber quando ele retornava ao perímetro”, afirma Luiz Alves.

Como instituição beneficiada do programa, o presidente da Associação Comunitária dos Moradores do Povoado Fazenda Grande, em Lagarto, Airton da Farmácia, recebe aproximadamente 200 famílias para realizar a entrega desses produtos. “É um programa muito importante para nossa gente. Sabemos que a agricultura familiar faz parte da mesa brasileira. A nossa associação atende semanalmente para receber os alimentos produzidos. São famílias necessitadas e que sabem que através desse programa elas têm na mesa alimentos de boa qualidade. Ganha o agricultor, ganha a associação, ganha o governo e as entidades que fazem parte desse projeto. Espero que continue por muito tempo”, torce Airton.
 
Cohidro

Para Erotildes José de Jesus, gerente do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador, o momento atual é de celebração. “O produtor hoje vende sua produção diretamente para a CONAB. Além do valor justo pago pelo governo, o atravessador vai aos poucos ficando de fora do processo e os beneficiados são os agricultores que vão aprendendo a trabalhar em grupo, fortalecendo ainda mais a sua associação ou cooperativa”, completou Erotildes.

Marcos Almeida, coordenador há 11 anos do Perímetro Piauí, em Lagarto, falou dos benefícios do programa. ”Iniciamos na Cohidro esse processo. Antes do projeto o produtor tinha que ir para feiras livres, deixava lá o produto e não sabia nem o preço. Agora eles têm o mercado certo, têm o preço que todo o período vai fornecer e se programam para fornecer aquela quantidade. Aproximadamente 70 produtores da região estão engajados nesse projeto”, enfatizou.

Em relação à importância do programa, o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, garantiu que o PAA é considerado pelo o homem do campo como a maior ação do Governo Federal de fomento à agricultura familiar. “É importante que outros agricultores também possam acessar esse programa que promove o desenvolvimento sustentável e melhora a alimentação da população. Faço questão de registrar o empenho do nosso diretor de Irrigação, João Quintiliano e o chefe da Divisão de Agronegócio, Sandro Luiz Prata que têm trabalhado para esse sucesso”, concluiu.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.