Hemeroteca da Segrase resguarda a memória oficial de Sergipe

Na Hemeroteca, setor de pesquisa da Empresa Pública de Serviços Gráficos do Estado de Sergipe (Segrase), estão arquivados os jornais Diário Oficial do Estado de Sergipe, Diário da Justiça, Diário Oficial da União, livros e panfletos produzidos pela editora Diário Oficial.

Além disso, diversos títulos sergipanos e nacionais – a exemplo de ‘Os Ícones de um Terremoto’, escrito por Paulo Barbosa de Araújo, que fala sobre o Golpe Militar e a Ditadura; ‘Manoel Bomfim e a América Latina: Dialética entre o Passado e o Presente’ – organizado por José Vieira da Cruz e Antonio Bittencourt Júnior – que destaca o papel deste ilustre sergipano pioneiro na construção de uma história do Brasil, onde os brasileiros são os atores principais da construção da identidade nacional.

Localizada no segundo pavimento do órgão, o setor tem capacidade para armazenar cinco mil caixas, tipo Box, onde em cada uma delas são acomodados 60 exemplares de jornais. Quanto ao arquivamento de cada impresso, diariamente são conservados 30 exemplares de cada Diário publicado. Já quando o jornal inclui edital e nomeações de concursos ou publicações de aposentadorias, são armazenados de 60 a 100 exemplares. Todos esses materiais ficam organizados em prateleiras e em um arquivo deslizante, uma estante presa a trilhos que desliza ao ser manuseada através de maçanetas.

A Hemeroteca está aberta ao público para consulta e pesquisa de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h. Seu acervo conta com cerca de 700 mil jornais. O exemplar mais antigo é o Diário Oficial de Sergipe publicado no dia 29 de outubro de 1919. Mensalmente os números de consultas realizadas pelos visitantes ao órgão variam entre 70 a 100. Graças à organização e preservação do acervo cerca de 120 exemplares são vendidos por mês.

Para atender ao público e organizar o acervo, a Hemeroteca conta com quatro funcionários, onde cada um desempenha uma função essencial à preservação. Além da chefe do setor, a historiadora Anne Alice Freitas, também trabalham o assessor técnico responsável pelo atendimento ao público, Antonio Maurício, e as estagiárias do curso de História, Morgana Dotto e Renata Neves, que são responsáveis pela organização e preservação do acervo.

Segundo a historiadora, a conservação dos Diários Oficiais do Estado resguarda a memória oficial de Sergipe, a qual todo sergipano tem direito de conhecer. “Todas as resoluções do governo do Estado só se legitimam quando são publicadas no Diário Oficial do Estado, desta forma, a conservação de cada exemplar é imprescindível para legitimidade das ações do governo”, salienta Anne Alice.