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A Gerência do Programa Estadual de DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apoiou a realização do II Encontro Regional das Cidadãs Positivas (soropositivas) de cinco Estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Bahia, Maranhão, Alagoas e Sergipe. O evento, realizado na orla de Atalaia, teve início na última quarta-feira, 13, e foi encerrado nesta sexta-feira, 15.

O tema global do encontro foi ‘A interface da mulher positiva abrangendo novos objetivos’, e dentro desse enfoque, foram debatidos assuntos como qualidade de vida, violência contra a mulher e políticas públicas voltadas para elas. Além disso, foram colocados em debate dois problemas que têm acompanhado algumas dessas cidadãs.

O primeiro, trata-se da falta de adesão ao tratamento de mulheres conscientes de que vivem com o HIV. “Temos causas e conseqüências – individuais e coletivas – para quem não aderir ao tratamento que são muito sérias”, disse o médico Almir Santana, gerente do programa Estadual de DST/Aids, acrescentando que como exemplos das causas é possível citar os efeitos colaterais e a falta de dinheiro para ir até o posto de saúde pegar o medicamento.

“Como conseqüências individuais, temos o aparecimento de infecções oportunistas, como tuberculose e toxoplasmose, pois a carga viral aumenta e a imunidade diminui, e como conseqüência coletiva e bastante perigosa, temos o surgimento de outro vírus mais resistente”, explicou Almir Santana.

O segundo problema abordado durante o encontro tratou da prevenção positiva, pois as soropositivas não estão usando preservativos. “A falta do uso da camisinha faz com que as cidadãs que vivem com HIV adquiram outras doenças sexualmente transmissíveis e até outro tipo diferente de vírus de HIV”, disse o médico.

Cidadania e autoestima

De acordo com Vera Cristina, que é uma das coordenadoras da associação das cidadãs soropositivas de Sergipe, o evento trouxe mais cidadania para as integrantes da associação. “Essas mulheres saem desse evento sabendo que elas podem viver normalmente como quaisquer outras mulheres, e podem exercer suas atividades normalmente no dia a dia”, afirmou Cristina.

Já a Maria Ivonete Domingues de Sousa, de 70 anos, além de militante do grupo, é um exemplo de como se pode viver bem sendo portadora do HIV. “Passei seis anos dentro um consultório psiquiátrico quando descobri minha doença, há 20 anos. Hoje, vivo intensamente com minhas atividades e, principalmente, dos artigos que escrevo para blog na internet que batizei de ‘Sexualidade no Coqueiral’”, disse a aposentada.

A professora e blogueira, que foi infectada em consequência da transfusão de sangue do falecido marido, reconhece a importância do encontro. “Esse é um momento de união que ajuda a tirar dúvidas dessas mulheres e traz conhecimentos que fazem levantar a autoestima. A cada evento como este, estamos trazendo novos assuntos e discutindo de forma bastante aprofundada”, contou Ivonete.

Apoio

A SES, por meio da Gerência de DST/Aids, foi responsável pelas hospedagens, mobilização, transporte e todo o apoio para as cidadãs de Sergipe e dos outros estados que participaram do II Encontro Regional das Cidadãs Positivas (soropositivas). Além disso, disponibilizou todo o material gráfico distribuído no encontro.

Para Almir Santana, o encontro foi bastante positivo e surtiu um efeito de conscientização nas participantes. “Espero agora que todas coloquem em prática as orientações passadas durante o encontro, e que sejam disseminadoras dessas informações por onde passarem”, concluiu.

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