Curso de formação para agentes públicos do Santa Maria prossegue até amanhã

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A organização não-governamental Missão Criança, em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas pela Infância) e a Prefeitura de Aracaju, promove até o próximo dia 10, no Espaço Sebrae, localizado na avenida Tancredo Neves, bairro América, o curso de formação para agentes públicos e populares com atuação no bairro Santa Maria. O objetivo do evento, que é uma continuidade da Oficina de Gestores de Programas Municipais, é promover uma troca de conhecimento entre os representantes da Missão Criança, dos órgãos públicos municipais e os da comunidade Santa Maria em prol de uma melhor implantação e realização do Projeto Piloto de Ações Integradas no bairro.
A partir da apresentação do diagnóstico das condições do bairro, que levantou de forma preliminar as principais demandas da população, os participantes do curso foram divididos em grupos para produzirem, a partir do consenso entre seus membros, uma lista com os cinco problemas mais graves enfrentados pela população do Santa Maria. Na manhã de hoje, dia 8, os grupos apresentaram em plenária a sua opinião, expuseram possíveis soluções e debateram formas delas serem otimizadas. Essa é uma atividade considerada fundamental para que as entidades envolvidas na implantação do PAI (Projeto de Ações Integradas) possam ter um maior conhecimento específico através dos agentes que convivem e fazem parte diretamente dessa realidade.

Do lixo para a vida

Esse foi o nome escolhido por um dos grupos que trabalharam em busca de alternativas para o Santa Maria. O problema da lixeira existente no bairro e do número de crianças que trabalham catando lixo nela foi bastante discutido pelos participantes. Todavia, entre os representantes da comunidade, a questão considerada mais grave foi a falta de infra-estrutura e de saneamento na região. Tais carências envolvem diretamente o abastecimento de água e energia, o sistema de drenagem, a pavimentação das vias, a falta de espaços públicos de qualidade, a alta degradação ambiental e a localização de boa parte das moradias, que estão em áreas consideradas de risco. As principais necessidades apontadas pela exposição dos grupos se referem, em ordem decrescente, a infra-estrutura e saneamento, emprego e renda, educação, violência e saúde pública no Santa Maria. Um ponto muito positivo em relação ao bom direcionamento das atividades foi a grande compatibilidade entre os problemas citados pela comunidade e os que foram diagnosticados pelo projeto.

Troca

Para o mestre em Sociologia e gerente de Acompanhamento da Missão Criança/ Brasília, Carlos Henrique Araújo, o intercâmbio das informações obtidas através das experiências vivenciadas pelas pessoas que trabalham diretamente com as questões da comunidade e os dados do diagnóstico preliminar é muito importante no sentido de aproximar ainda mais o projeto das necessidades da comunidade. “Os trabalhos em grupo vai possibilitar a confecção de um diagnóstico mais preciso e detalhado, bem como o conhecimento mútuo dos planos que estão em andamento e quais as possibilidades deles serem integrados”, informou Carlos Henrique.
Os participantes da oficina vêm se mostrando bastante receptivos ao projeto. Como exemplo, a representante e fundadora do projeto Ação Social beneficente do Marivan Sul, Eunilde R. Gomes Gouveia disse estar obtendo um conhecimento muito útil para sua vida. “Vocês não imaginam o quanto estou feliz em participar desse curso. Quando eu tenho alguma dúvida busco ajuda em outras escolas, o que quer dizer que mesmo sem saber que ia participar desse projeto eu já trabalhava de forma integrada”, disse enquanto apresentava o trabalho do seu grupo.
Além do gerente de Acompanhamento, o evento também conta com a participação do ex- secretário adjunto da Criança e Assistência Social do Governo do distrito Federal e secretário executivo da Missão Criança, Marcelo Aguiar, no programa de atividades coordenado pela Missão Criança Aracaju, que tem como diretora Eliane Aquino. Na tarde de hoje foi apresentado aos agentes, dos quais fazem parte representantes de órgãos municipais, da Pastoral da Criança, da Pastoral dos Pobres, da Guarda Municipal, da Rádio Comunitária e das escolas do bairro, dentre outros, a metodologia do trabalho feito através de ações integradas e os métodos por ele utilizados. Além disso, os participantes farão outro trabalho em grupo. O objetivo é que eles produzam, a partir dos cinco problemas selecionados, um trabalho em que apresentem as principais conseqüências sofridas pela comunidade e como as ações integradas entre os órgãos públicos e a sociedade civil podem combater e solucionar tais casos.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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