Ações do Governo de Sergipe contribuem para redução do preço da cesta básica na capital
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou no último dia 5, a mais recente Pesquisa Nacional da Cesta Básica referente ao mês de março, apontando o município de Aracaju, mais uma vez, como o detentor da cesta básica mais barata do Brasil entre as 17 capitais pesquisadas. O consumo dos produtos alimentícios essenciais custou aos aracajuanos R$ 192,35, desenhando um cenário de consistência nos valores acumulados dos últimos meses e a evidência de que a família aracajuana está tendo mais acesso à alimentação. Mas, por trás destes números, estão os investimentos concretizados pelo Governo de Sergipe, que há quatro anos revigora e institui uma verdadeira revolução no tratamento da nova política de agricultura familiar, fazendo com que o Estado produza mais grãos, eleve a produção leiteira, atraia novas empresas, e ofereça aos pequenos produtores assistência técnica qualificada.
Para o secretário de Estado da Agricultura, José Sobral, há muito tempo que o município consegue se destacar entre os primeiros da lista. “Isso se deve, entre outras coisas, ao aumento da competição entre empresas, ao fortalecimento do hortifrutigranjeiro, mas também como o resultado, a longo prazo, da nova forma do Governo de Sergipe lidar com a produção agropecuária, no melhoramento das rodovias para o escoamento de alimentos, e a assistência técnica ao pequeno produtor. O resultado disso, de forma indireta, é claro, se transforma no barateamento de alguns alimentos como o arroz, feijão, a mandioca, o milho e a carne”, destacou.
Contribuição da agricultura familiar
O período de 2007 a 2010 representa para o Estado um período de crescimento e muitas realizações. Ao longo desses anos foram implementados importantes programas de apoio à agricultura familiar e à pecuária estadual, em acordo com a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater).
Atualmente, segundo os dados apresentados pelo Censo Agropecuário do IBGE, em Sergipe, o agricultor familiar responde por 89,9% dos 100.606 estabelecimentos rurais, explorando 88,6% das lavouras temporárias (milho, feijão, arroz, mandioca, etc), e ainda é responsável por 84,1% (225.950 pessoas) dos indivíduos ocupados nos estabelecimentos rurais do Estado.
Pelo levantamento da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), até 2010, foram assistidos através das ações de assistência técnica e extensão rural (Ater), 44 mil agricultores familiares, quantidade muito superior ao ano de 2007 que era de 27.561. Nas ações de defesa sanitária, a empresa assessorou 32.598 criadores, diferentemente dos quatro últimos anos que foi de 27.434 criadores.
A participação da agricultura familiar na produção de alguns produtos agropecuários no Estado evidencia a importância deste programa não apenas para o agricultor, mas para o bolso do consumidor final. Do total de arroz produzido em Sergipe, 78% são de origem da agricultura familiar, o feijão equivale a 95%, a mandioca 96%, o milho 79%, a carne bovina 52%, o leite de vaca 67%, o leite de cabra 77% e suínos 78%.
Elevação na produção de leite
O Governo de Sergipe também está investindo pesado no incentivo à produção de leite. Além de atrair fábricas, como a recém instalada Betalac Indústria de Laticínios Ltda, fabricante dos produtos Betânia e que produz 60 mil litros de leite por dia, localizada em Nossa Senhora da Glória, o Governo entregou 13 caminhões no final do ano passado para incrementar a infraestrutura do Incentivo à Produção e Consumo de Leite (PAA Leite) em Sergipe.
Ao todo, foram entregues seis caminhões rodo-coletores, responsáveis pela coleta de leite do produtor e transporte ao laticínio, e sete caminhões baú refrigerados, que completam os Centros Comunitários de Produção (CCPs) compostos pelo conjunto: abrigos, tanques e caminhões.
Os veículos foram entregues às associações de leite, através de um termo de cessão concedido pelo Estado para que possam operacionalizá-los no PAA-Leite. Em outubro passado, o Governo entregou 27 abrigos e 27 tanques de resfriamento do leite em 12 cidades, tudo para melhorar de forma significativa a infraestrutura do programa.
No passado, a forma como o PAA era utilizado beneficiava os grandes produtores. Na gestão do governador Marcelo Déda, a parceria com o agricultor familiar é realizada de forma abrangente e direta, contratando o pequeno produtor através de associações. Há alguns anos, só o município de Batalha, em Alagoas, produzia mais leite que Sergipe inteiro. Em 2009, Sergipe era o sétimo produtor de leite do Nordeste, hoje é o quinto e já ultrapassou o estado alagoano.
Maior produtor de grãos
O crescimento significativo da produção de grãos também é consequência da política de priorização da agricultura familiar estabelecida pelo Governo de Sergipe, que consiste em capacitações e assistência técnica ao pequeno agricultor, no zoneamento agrícola, integração ao mercado, processo de distribuição e compra de sementes, de produção de bancos de sementes e medidas emergenciais como o aluguel de tratores.
Contudo, estimulados por diversas ações do Governo de Sergipe, a produção dos pequenos produtores ajudou a colocar o Estado como segundo maior produtor de milho do Nordeste. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 2006, Sergipe produzia cerca de 200 mil toneladas de milho por ano. Em 2009, o número ultrapassou as 700 mil toneladas. Já a estimativa da produção de grãos (milho e feijão) indica que Sergipe passou das 284,9 mil toneladas computadas em 2006 para 728,3 mil toneladas no levantamento realizado há dois anos. Um recorde que, em linhas paralelas, reflete na diminuição do preço do feijão e do milho.
Escoamento
Estradas e rodovias asfaltadas também ajudam a escoar a produção agrícola e, consequentemente, a diminuir o preço do valor dos produtos que chegam à mesa do consumidor. E a reforma na política da agricultura sergipana também envolve este segmento de extrema importância para quem é produtor e almeja que suas mercadorias cheguem mais rápido e em bom estado de conservação. Para isto, o Governo de Sergipe construiu e revitalizou boa parte da malha rodoviária e estradas vicinais, beneficiando não apenas os produtores rurais, mas a população num contexto geral.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Ações do Governo de Sergipe contribuem para redução do preço da cesta básica na capital – Foto: Ascom/Emdagro