Primeira condutora de viatura do Samu abre novo espaço para mulheres
O Especial Mês da Mulher, ação da Diretoria de Comunicação da SES, em parceria com as três fundações estaduais, que apresenta uma série de matérias jornalísticas dedicadas à mulher, traz também perfis de mulheres especiais que trabalham por uma Secretaria de Estado da Saúde melhor em Sergipe. Confira!
Perfil
Quando os colegas de trabalho de Magna Santos Moura, à época instrutora de auto-escola, a incentivaram para fazer o concurso público da Secretaria de Estado da Saúde (SES), não imaginavam que ela se tornaria a primeira condutora de viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe). Aos 26 anos, a jovem entra para a história da instituição e abre caminho para outras mulheres.
Magna Moura ingressou no Samu estadual em janeiro de 2010, sendo lotada na base descentralizada de Neópolis, onde serviu por cerca de seis meses, conduzindo uma Unidade de Suporte Básico (UBS). Depois dessa experiência, veio transferida para a base metropolitana, que funciona em anexo à sede da Central de Regulação do Samu Sergipe, em Aracaju.
A mudança de endereço trouxe também uma novidade: Magna assumiu a condução de uma Unidade de Suporte Avançado (USA), destinada à assistência e ao resgate de casos mais graves. “Sinto-me feliz trabalhando no salvamento de vidas. Não sou nenhuma heroína, mas essa missão é gratificante”, declarou a condutora.
Casada, sem filhos, Magna Moura conta que teve uma boa receptividade por parte dos colegas de trabalho, muito embora no início eles tenham ficado um pouco surpresos com a sua presença. Atualmente, todos reconhecem a eficiência do seu trabalho. “Os médicos me elogiam muito”, destacou.
O começo
A princípio, a tarefa de salvar vidas resgatando acidentados a deixou assustada. Como atuava em uma USB, a equipe era formada por ela e um enfermeiro. “Eu me sentia insegura, embora tenha feito uma semana de capacitação promovida pela direção do Samu para os novos integrantes da equipe. Depois, superei os receios e fiz o que se esperava de mim”, relatou.
Além de conduzir a viatura, é responsabilidade dela em uma operação de resgate, auxiliar com maca e prancha, na colocação de colares imobilizadores, dentre outras medidas complementares. “Para mim, estar no Samu é uma benção de Deus. Jamais pensei que um dia iria trabalhar salvando vidas”, comentou.
Resgate mais marcante
Há pouco mais de um ano no Samu 192 Sergipe, Magna Moura lembra que a ocorrência que mais a marcou aconteceu no Carnaval de 2010, em Neópolis. “Recebemos o chamado para socorrer as vítimas de um acidente entre duas motos que haviam se chocado. Foi um acidente gravíssimo, que deixou quatro vítimas, com uma morte no local”, conta.
Ainda que a USB seja destinada a atender casos menos graves, foi essa a viatura que estava mais próxima do acidente e o Samu precisava garantir vidas salvas. “Quando chegamos ao local encontramos as vítimas gravemente feridas, algumas estavam desfiguradas, outras haviam quebrado vários ossos, inclusive com fraturas expostas. Não podíamos aguardar a chegada da USA e conduzimos as vítimas para o hospital de Neópolis e para o Huse. Foi chocante ver tanto estrago”, relembra emocionada.
Durante este ano trabalhando no Samu estadual, Magna Moura registrou momentos dramáticos, especialmente nos acidentes de trânsito, e faz questão de deixar uma mensagem para todos: “A vida é uma só. A gente tem que viver intensamente, mas sempre com muito cuidado”, finalizou.
USB e USA
As USBs, com equipe formada pelo condutor e enfermeiro, dispõe de desfibriladores externos automáticos (DEAs) e os oxímetros de pulso, que são utilizados para medir a quantidade de oxigênio na corrente sanguínea do paciente.
Já as USAs, que contam com equipe formada por condutor, enfermeiro e médico, têm cardio-desfibriladores de última geração, marca-passo transcutâneo para tratamento de arritmia cardíaca, bombas de infusão para tratamento cardíaco e respirador.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Primeira condutora de viatura do Samu abre novo espaço para mulheres – Fotos: Fabiana Costa/SES