Grupo de Estância leva poesia e filosofia ao TTB
O tom poético e filosófico foi a base do espetáculo apresentado na noite deste sábado, 19, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju. A Companhia Risocínico, de Estância, abriu suas cortinas para mostrar um pouco do trabalho que é desenvolvido na cidade praiana.
O grupo surgiu há 16 anos e desde então vem montando inúmeros espetáculos e apresentando-os Sergipe a fora. O espetáculo exibido neste sábado foi ‘O Ferreiro e a Morte’, uma trama de autor desconhecido e de domínio público, que está estruturado em literatura de cordel e trata de sentimentos humanos, como o amor, medo, saudade e de um tabu real na vida dos indivíduos: a certeza e o medo da morte.
No elenco, atores como Luiz Carlos Dussantus (Ferreiro), Adônis Diniz (Padre Cícero), Paulo Ricardo (Diabo) e Lidhiane Nobre (Morte). O cenário, figurino, adereços e maquilagem ficaram por conta de Adônis Diniz, a trilha sonora cuidadosamente escolhida ficou sob os cuidados de Luiz Carlos Dussantus.
Para o ator e diretor da peça, Luiz Carlos Dussantus, que interpreta personagem central da peça, ‘O Ferreiro e a Morte’ é um espetáculo instigante, que mostra ao público medos reais e comuns a todos. “É um conto português baseado na literatura de cordel que conta a história de um ermitão que não quer morrer e faz um pacto com o diabo para tentar enganar a morte. Sem dúvida é um espetáculo que o público pensar e valorizar as sutilezas e belezas da vida contidas na simplicidade das coisas”, explicou.
Público
Presente em grande número nas nove apresentações ocorridas a até agora, o público mais uma vez lotou o TTB e se mostrou maravilhado com a riqueza de detalhes presente no espetáculo, elogiando sempre a iniciativa do projeto.
A pedagoga Amonita Selles, foi com várias amigas conferir o espetáculo. Segundo a jovem que sempre busca freqüentar o teatro, e no festival aumentou ainda sua presença nos espetáculos. “Sempre acompanho as peças que vem ao TTB e agora com o Festival estou vindo muito mais. Acredito que são necessários projetos como este para que muito mais pessoas criem o hábito de vir ao teatro”, notou a moça.
O aposentado Leonardo Martins, estava na primeira fileira do teatro, para acompanhar de perto todos os detalhes da apresentação. “Desde jovem admiro e frequento o teatro e agora com este festival estou vindo sempre que posso. Esta é a terceira peça que assisto e estou gostando muito de todas elas”, disse.
O vigilante Cledinvaldo Andrade, também estava radiante com a apresentação e com o teatro. Ele conta que é natural da cidade de Pedrinhas e recebeu o convite para acompanhar a apresentação de alguns colegas de trabalho. “Estou encantado desde o início já com o teatro, pois nunca vi local tão bonito e grandioso. Sem dúvida sempre que possível voltarei aqui”, disse ele ressaltando a importância do evento. “Através de festivais como este que dão oportunidade de entrada franca para todos, o acesso ao teatro, sem dúvida, irá se popularizar”, completou
Os artistas também estão sempre marcando presença e prestigiando o trabalho dos colegas de classe. Este é o caso do ator do Grupo Oxente, Edmilson Suassuna que fez questão de ir conferir de perto o trabalho do grupo estanciano.
“Já vi alguns espetáculos deste grupo e vim conferir este espetáculo que ainda não havia presenciado. Acredito que o Festival está servindo justamente para que possamos concentrar e conhecer a produção sergipana, além,é claro, de mostrar o trabalho de todos esses grupos, tanto da capital quanto do interior para nossa população. A Secult, mais uma vez, está de parabéns pela iniciativa e agradecemos a tudo que é feito por nós, artistas sergipanos”, destacou o ator.
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