Monólogo lota o Teatro Lourival Batista
Na noite de quinta-feira, 17, no Teatro Lourival Batista, casa cheia para prestigiar o espetáculo ‘Dois poetas e um divã’, da Cia. Nós na Estrada, da Barra dos Coqueiros. Na bilheteria, os ingressos acabaram e a expectativa era grande para conferir o desempenho do ator Ivo Adnil, no monólogo baseado em elementos da obra de Sigmund Freud, Wlliam Shakespeare, e o poeta sergipano Araripe Coutinho.
A encenação versa sobre as vicissitudes humanas. A articulação entre as temáticas dos autores que inspiraram o roteiro estabelece o diálogo entre eles e estrutura a base dramatúrgica deste produto cênico que, através da reunião da poesia de William e de Araripe sob a perspectiva psicanalítica de Freud, aponta para a reflexão e para a busca da autoconsciência.
Desnudo de qualquer exuberância cenográfica, e tendo a palavra e a dramaturgia como maior força motora, este trabalho expõe emoções e sentimentos contidos no encontro promovido a partir dessa idéia central e sugere uma infusão no tempo. A qualidade do texto e da interpretação de Adnil foi correspondida pelo público através de muitos aplausos no encerramento da apresentação.
O grupo
O Nós na Estrada foi fundado em 2000 com a função de produzir espetáculos teatrais para dialogar com os estudantes formandos do ensino médio e os universitários. Em 2001 editou o Projeto ‘Minha Arte vai a Escola’, com o espetáculo ‘O sal das tempestades’ (monólogo baseado no quinto livro do poeta Araripe Coutinho) percorrendo várias faculdades, universidades e escolas da capital sergipana e também no interior do estado.
Em 2003 o grupo se uniu ao Grupo Cabeça de Frade, com o qual montou o Projeto ‘Nós na BR 101’, onde partiram de Propriá (SE) com destino a São Paulo, sempre apresentando a peça que versava sobre a seca. A composição, que era independente, sem apoio institucional, ficou inviável e o grupo retornou da região de Feira de Santana-BA.
Em 2004, o grupo estreou o monólogo ‘Na juventude não fui jovem’, texto de Sigmund Freud. Sergipe, Bahia e Alagoas viram o espetáculo que ficou em cartaz até o final de 2009. No mesmo ano, o grupo apresentou o monólogo “Dois Poetas e um Divã”, texto de Araripe Coutinho, Sigmund Freud e William Shakespeare, contando com a atuação de Ivo Adnil, responsável pelo grupo.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Monólogo lota o Teatro Lourival Batista – Foto: Fabiana Costa/Secult