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Para evitar o alto risco de extinção das abelhas eussociais no Estado de Sergipe e garantir ao cumprimento da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a qual disciplina a utilização de abelhas silvestres nativas , bem como a implantação de meliponários, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) apresentou proposta de projeto de ação ao secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes Silva.

O projeto apresentado prevê a regulamentação do serviço de resgate e monitoramento de abelhas nativas em áreas que venham a ser desmatadas ou em empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental.  A ideia ainda é fazer com que a pesquisa chegue até as Unidades de Conservação (UC) geridas pela Semarh, ambientes onde a biodiversidade é preservada, favorecendo, assim, o fortalecimento da pesquisa e da manutenção das colônias de abelhas.

A iniciativa partiu do Laboratório de Genética e Conservação de Recursos Naturais da UFS e foi apresentada pelo doutor em Ciências Biológicas com área de concentração em Zoologia, prof. Edilson Divino de Araújo, assessor do reitor da UFS. A proposta foi positivamente acatada pelo secretário ao vê a parceria como mais uma estratégia de preservação à biodiversidade.
 
“Há uma lei do Conama que ampara a essa exclusiva classe de insetos, a das abelhas silvestre do tipo eussociais. Estas são abelhas sem ferrões, responsáveis ainda por 40 a 90% da polinização das espécies arbórea da mata atlântica”, afirmou o secretário Genival Nunes.

“Ainda considerando o valor da meliponicultura para a economia local e regional e a importância da polinização efetuada pelas abelhas silvestre nativas na estabilidade dos ecossistemas e na sustentabilidade da agricultura, e também por fortalecer os encaminhamentos da pesquisas nas áreas de preservação permanente criadas pela Semarh, assinalei positivamente ao projeto”, salienta o secretário.

Segundo informou o prof. Edilson Divino, Sergipe não tem o aspecto legal respeitado. “Temos apenas um único criador com cadastro no Ibama. Dezenas não são cadastrados. Uma outra preocupação que cabe a extinção das abelhas eussociais é quanto a sua reprodução. Se continuarem a se reproduzir com as abelhas das próprias colônias, elas irão morrer por questões genéticas”, lamentou.

Explicou ainda o professor que com o cadastramento dos meliponários uma visão mais precisa sobre quem pode ser cadastrado e até da diversidade de espécies, serão dados reais a partir do exercício da lei, medida efetuada em parceria com a Semarh.

De acordo com o Conama, em seu artigo 5º, ficam dispensados da obtenção de autorização de funcionamento os meliponários com menos de cinqüenta colônias e que se destinem à produção artesanal de abelhas nativas em sua região geográfica de ocorrência natural.

Revelou ainda o prof. Edilson Divino que Sergipe tem como principais meliponíneos, as abelhas Uruçu (Melipona scutellaris), Mandaçaia (Melipona quadrifasciata) e a Rajada (Melipona asilvai).

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