Secretária adjunta da Educação visita comunidade Xokó e Quilombola

A secretária adjunta de Estado da Educação, professora Hortência Araújo, juntamente com uma equipe de técnicos da secretaria de estado da Educação (Seed) visitou nesta sexta-feira, 18, a comunidade Xokó, na Ilha de São Pedro, município de Porto da Folha. O primeiro local visitado foi o Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro, onde e secretária conversou com professores e equipe diretiva. A professora Hortência destacou o Plano de Desenvolvimento da Educação do Estado (PDE), que inclui a educação indígena em uma de suas categorias.

“Pra mim é uma grande felicidade estar aqui na escola indígena. Quando chegamos na Seed elaboramos o PDE. Um dos itens desse plano é a inclusão pela educação. Nesse item estão a educação indígena e quilombola, duas categorias que há alguns anos não eram levadas em consideração. Quando a gente fala em educação indígena, isso nos remete a resolução em que estão traçadas todas as diretrizes, destacando a preservação da sua cultura e hábitos, e que isso seja preservado e passado pra frente”, afirmou a secretária.

A professora Hortência destacou também a importância dos professores na melhoria da qualidade do ensino e anunciou que este ano a Seed está investindo no processo de formação continuada dos docentes.

Satisfação

Para recepcionar a secretária e a equipe da Seed, os índios Xokós fizeram uma apresentação do Toré, dança tradicional indígena. A diretora da escola, professora Nadja Nayra, mostrou-se satisfeita e classificou o encontro como de fundamental importância para a unidade de ensino. “É muito gratificante essa oportunidade de poder mostrar as nossas necessidades e reivindicações. Os próprios alunos sempre pedem a presença da Seed aqui, e essa visita só vem valorizar o nosso trabalho”, observou Hortência.

A mesma opinião foi compartilhada pelo cacique da tribo Xokó, Lucimário (Bá). “A secretária vindo aqui é um motivo de muita alegria para a gente, pois podemos mostrar os nossos anseios”, explicou. Um dos representantes da tribo, Apolônio, ressaltou a qualidade da escola indígena, explicando que muitos ex-alunos atualmente estão no curso superior. “Temos nessa escola professores que não deixam nada a desejar em relação aos outros professores da rede estadual de ensino. Hoje temos se 30 alunos espalhados em faculdades de outros estados”, disse.

O pajé Raimundo Bezerra Lima destacou a necessidade do encontro com a equipe da Seed para a melhoria da qualidade do ensino na comunidade. “Essa visita nos trouxe soluções para o ensino, para que o Xokó sinta que cada vez mais ele pode crescer através dos estudos. Só assim ele vai poder cobrar os seus direitos”, afirmou

Reivindicações

Durante o encontro, uma das reivindicações foi sobre a contratação de professores, vigilantes, merendeiras. A secretária adjunta explicou que a rede estadual de ensino cresceu, e que a Seed mostrou ao Ministério Público a necessidade de professores e profissionais de outras funções. “Apesar do esforço da secretaria, ainda existe uma grande demanda. Nós estamos aguardando que o Ministério Público libere o processo para que possamos fazer o chamamento das pessoas”, disse.

Outro pedido feito à secretária foi para que houvesse um professor de informática na escola. “O laboratório deve estar aberto aos alunos e professores. Há uma necessidade de que o professor evolui e saiba utilizar o laboratório, para que possa passar melhor o conteúdo para os alunos”, frisou Hortência, reafirmando a importância desse profissional em sala de aula.

Outro ponto debatido foi a questão da preferência dos professores da comunidade na hora da contratação. “A gente sabe a importância do professor da comunidade na educação dos alunos daqui. A gente quer valorizar as pessoas da comunidade. Isso já está sendo discutido”, disse.

Escola Quilombola

Após a visita ao colégio indígena, a secretária adjunta e a equipe de técnicos da Seed estiveram na Escola Quilombola 27 de Maio, também em Porto da Folha. Na ocasião, ela foi recebida pelos alunos com uma apresentação da dança Samba do Coco. Durante o encontro, professora Hortência conversou com alunos, professores e equipe diretiva da escola

A escola atende a cerca de 230 alunos da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, a escola. Segundo a diretora, Rozélia Fernandes dos Santos, a visita da secretária serviu para buscar soluções para os problemas. “Nossa escola tem muitas necessidades, e a presença da secretária aqui é uma forma de solucionar os nossos problemas”, disse.

A mesma opinião foi compartilhada pelo cordenador da comunidade, Ademar Ricardo Rosa. “Nossa comunidade está necessitando de alguns ajustes. É nesse propósito que a gente trabalha em parceria com a escola. Essa comunidade acredita muito na educação, e agradece o que o governador Marcelo Deda está fazendo por nós”.

A professora Hortência destacou a presença das duas técnicas da Secretaria de Estado da Inclusão social, que vieram para conhecer mais de perto os anseios da comunidade. “Estamos aqui, em primeiro lugar, para ouvir a comunidade e ver a realidade de perto. Já demos uma olhada e verificamos alguns pontos na escola que precisam ser melhorados”, disse, explicando que a unidade escolar necessita de uma reforma que contemple a parte elétrica, entre outras áreas.

Além disso, a professora Hortência ressaltou que as ações vão sempre priorizar o que está no Plano de Desenvolvimento da Educação, promovendo a inclusão pela educação. Segundo ela, a Seed está fazendo todos os esforços para que os alunos na deixem de ter aula por falta de professores. “Nosso foco é o aluno, e para isso é indispensável a presença do professor. Essa é hoje a nossa preocupação maior.

Presenças

Estiveram presentes também na visita representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria da Inclusão Social (Seides), e de departamentos da Secretaria de Estado da Educação, como o DED, Nedic, DEF, DRH, e da Codin.