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Não é preciso ser técnico na área da saúde para concluir que a definição de um bom atendimento médico envolve uma série de fatores. Mas, para quem faz da saúde dos outros seu campo profissional e para aqueles que já precisaram de atendimento de urgência ou emergência, talvez seja mais fácil perceber que dois desses fatores têm um peso maior: a estrutura que se tem disponível para prestar assistência e a forma como o profissional atende o paciente.
 
O novo pronto-socorro do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), inaugurado na última quinta-feira, 16, pelo governador Marcelo Déda, traz em sua concepção a tentativa de agregar esses dois pontos fundamentais, isto é, o potencial tecnológico ao potencial humano. Afinal, como acreditar na recuperação de uma pessoa, quando esta não encontra profissionais atenciosos ou quando a vontade de ajudar da equipe médica esbarra na falta de recursos materiais?
 
“A partir da próxima terça-feira, 21, quando a transferência de pacientes já deve estar concluída, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) não vão poder contar somente com uma infraestrutura mais confortável e melhor equipada. Terão também acesso a um novo conceito de assistência hospitalar trabalhado pelas equipes médicas e de enfermagem que atuam no pronto-socorro do Huse”, destacou a secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio.
 
Ela se refere ao processo de trabalho implantado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), que meses antes da conclusão das obras do pronto-socorro iniciou a capacitação dos profissionais para uma atuação dentro desse novo conceito. “Eles foram treinados para acolherem o paciente e fazerem o devido encaminhamento, conforme a classificação de risco”, informou o superintendente do hospital, Francisco Claro.
 
Tal mudança já é vislumbrada pelos funcionários que trabalham no local, desde aqueles que têm o primeiro contato com quem chega para ser atendido. “Convivo diretamente com pacientes e acompanhantes. Olho para esse novo prédio e imagino como as coisas vão mudar no acolhimento de quem precisa de ajuda, pois é muito mais moderno e confortável comparado ao antigo PS. E, se é bom para o funcionário, é ainda melhor para o paciente”, opinou a recepcionista Cibele Santos.
 
Segundo Francisco Claro, as novas instalações facilitam a classificação de risco. “Agora, contamos com um espaço mais amplo e uma melhor lógica de fluxo entre as áreas vermelha, amarela, verde e azul”, explicou, acrescentando que na vermelha são atendidos os casos de emergência, que requerem assistência imediata; a amarela também é destinada aos casos graves, porém estáveis; já na verde ficam as pessoas sem risco de vida imediato e, na azul, os casos crônicos sem sofrimento agudo.
 
Humanização
 
O resultado esperado para todo esse investimento é a humanização da assistência. Cada detalhe da nova estrutura leva em consideração a importância da relação entre profissionais e pacientes. “Na área verde, por exemplo, o posto de enfermagem fica rodeado pelos leitos, o que facilita tanto para os enfermeiros visualizarem os pacientes, quanto para os pacientes e acompanhantes solicitarem a presença do enfermeiro”, explicou a coordenadora do Núcleo de Apoio Técnico do Huse, Priscilla Batista.
 
Outro detalhe importante são os vidros na portas das salas onde ficam os médicos, as vidraças da administração do pronto-socorro e do setor de Assistência Social, entre outros espaços. “Esses vidros servem para facilitar a comunicação entre usuários e profissionais, a partir da visualização da presença deles pelas pessoas que necessitam solicitar alguém para ajudá-las”, afirmou a médica, ressaltando que a mudança predial remete, sem dúvida, a uma nova cultura no atendimento.
 
E mais atenção às necessidades de quem se encontra momentaneamente debilitado é o que esperam pacientes e acompanhantes. “Quero acreditar que existirá uma melhoria no atendimento”, disse Rute da Silva Melo, que acompanha o pai no Hospital de Urgência de Sergipe. Com 83 anos de idade, o paciente deu entrada no Huse pela área vermelha com um quadro de hemorragia digestiva e infecção urinária, e hoje se encontra internado na área amarela.
 
Mais tecnologia
 
Os aparelhos adquiridos para o novo pronto-socorro fortalecem a unidade como referência em alta complexidade. A estrutura conta com aparelhos de raio-X fixo e móvel, ventiladores pulmonares, carros de emergência e monitores multiparamétricos, dentre outros. “Esses monitores agregam num único aparelho várias informações do quadro do paciente, como a pressão arterial, os batimentos cardíacos e o nível de oxigenação”, explicou a enfermeira Conceição Mendonça, do Núcleo de Atenção Hospitalar e Urgência da SES.
 
Segundo ela, os tipos de equipamentos são praticamente os mesmos do antigo PS. “A diferença é que eles dispõem de uma tecnologia mais avançada. O Governo de Sergipe adquiriu o que há de mais moderno no mercado de equipamentos médico-hospitalares”, ressaltou Conceição Mendonça, acrescentando que uma das novidades é o ventilador pulmonar de transporte, que permite que o paciente tenha uma segurança maior nas remoções intra-hospitalares.

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