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O cenário artístico e cinematográfico de Sergipe tem muito o que comemorar nos últimos anos, fruto do incentivo do Governo de Estado, que avalia como de fundamental importância valorizar a cultura sergipana e vê o cenário cinematográfico como uma das portas para essa mudança.

A novidade deste ano para o cinema nacional é o filme ‘Aos ventos que Virão’, que será dirigido pelo cineasta cearense Hermano Penna e que tem como tema a justiça, o direito igualitário e atrai a simbologia do cangaço como uma resposta cega para as dificuldades. Inspirado na vida de um político sergipano, ex-cangaceiro do bando de Lampião, ‘Aos Ventos Que Virão’ começou a ser rodado no município de Poço Redondo, nesta quarta-feira, 17. O longa-metragem tem a cidade de Poço Redondo, distante 184 km da capital sergipana, como principal locação da película.

Assim como nas premiadas produções ‘Orquestra dos meninos’, e ‘O senhor do labirinto’, que faturou recentemente o Troféu Redentor, no renomado Festival de cinema do Rio, o Governo do Estado participa ativamente apoiando e prestigiando a iniciativa de mais um filme a ser rodado em Sergipe, através do Fundo Estadual de Patrocínio e do Instituto Banese. Além disso, para a escolha de parte do elenco, foram realizadas oficinas de produção e de capacitação de atores, em parceria com o Curta-se, para o filme.

Para a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, este é um momento muito especial da cultura e do cinema sergipano, que se evidenciam e crescem em nível nacional cada dia mais. “Acredito muito neste projeto e acho que se Sergipe é coisa de cinema. Nada mais importante do que envolvermos aqueles que atuam neste cenário, aqui no estado. E foi isso que nós buscamos ao realizarmos as oficinas, inserir e capacitar os profissionais locais para que eles mesmos possam atuar no filme”, ressaltou.
 
Hermano Penna afirmou que é de extrema importância o apoio do Governo de Sergipe e do Instituto Banese, que tem ajudado de diversas formas a produção do longa. “Estes são recursos importantíssimos para nosso filme, e o que foi muito importante também foi o apoio da Secult nas oficinas preparatórias, independentemente do longa, pois deu aos participantes a oportunidade de mostrar o seu talento para todo o país”, destacou o cineasta.

As oficinas aconteceram no início deste ano no teatro Tobias Barreto, e foram finalizadas no Centro de Criatividade, no início de março.

Enredo
 
O diretor do filme explicou que o enredo inicia na época do cangaço, no fim da década de 30, exatamente na tragédia de Angico, e conta a história de um ex-cangaceiro, o Zé Olímpio, que luta durante toda a vida por melhores condições para seu povo.
 
“O filme é uma metáfora de um país onde a justiça seja para todos, a cidadania seja comum para os brasileiros. Então o grande tema é a justiça e a cidadania, o papel das instituições para construir este país justo que nós desejamos. E isso é feito inicialmente com o nome do filme: ‘Aos ventos que virão’, uma alusão àquilo que muito desejamos mas que infelizmente ainda não temos. É, na verdade, um filme que parte da história de um sergipano, para construir uma identidade completamente brasileira”, concluiu.
Segundo o diretor, que já rodou no estado, na década de 70, os filmes ‘A Mulher no Cangaço’ e ‘Sargento Getúlio’, o novo projeto foi sendo desenvolvido ao longo de três décadas, depois que ele ouviu do amigo Alcino Costa, de Poço Redondo, uma história muito bonita sobre um ex-cangaceiro.

“Foi justamente quando vim rodar ‘A Mulher do Cangaço’ em 1976, que tomei conhecimento dessa história, que envolvia um ex-cangaceiro. Ele tinha participado do bando de Lampião, apesar de ser oriundo de família rica e, quando o cangaço termina, ele vai para São Paulo trabalhar. Tempos depois, retorna para sua cidade natal e, aí, o filme já começa a tomar um novo rumo. Tanto assim que imagens da construção de Brasília serão inseridas no filme”, explicou Hermano Penna.

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