Semarh participa de mutirão ambiental para combate ao caramujo africano
Para combater a infestação do Caramujo Gigante Africano na cidade de Areia Branca, técnicos ambientais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), participam nesta terça-feira, 9, de ações de sensibilização sobre o enfrentamento ao molusco (Achatina fulica). A Semarh trabalhou em parceria com servidores do município das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, Obras, Educação e da Saúde, além de igrejas e lideranças de comunidade,
A mobilização, que terá alcance em toda área urbana da cidade será encerrada nesta quarta-feira, 10, com realização de coleta ao caramujo. Durante o dia de hoje, em toda área afetada pelo molusco, os técnicos estiveram incentivando e orientando a população sobre a problemática gerada pelo caramujo gigante africano.
Participam ainda do mutirão ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Secretaria de Estado da Educação (Seed), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), a Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Pelotão Ambiental e a Polícia Militar de Sergipe (PMSE).
Para o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, a realização do mutirão ambiental é importante porque a infestação do caramujo gigante africano pode trazer problemas de saúde pública, para a agricultura por dizimar plantações e para o meio ambiente. “Com isso, é necessário fazer o controle preventivo”, frisou.
O caramujo
Tudo começou com o escargot, um molusco muito consumido em restaurantes caros. Há cerca de 20 anos, o Achatina fulica – espécie nativa africana – foi trazido, provavelmente da Indonésia, ao Brasil para servir como opção mais barata ao escargot , e muitos produtores começaram a criá-lo. Porém, quem consumia o escargot não passou a optar pelo outro molusco. Sem conseguir vender sua produção, as pessoas que criavam caramujo-gigante africano simplesmente começaram a jogá-lo no lixo, em terrenos baldios ou nos rios. Resultado: os depósitos de lixo ficaram infestados com o molusco, que também apareceu nas encostas dos rios e em locais próximos às cidades.
O animal possui uma velocidade de reprodução acelerada. Ele é capaz de colocar cerca de 600 ovos por ano, mesmo sendo assexuado. Ou seja: já que não tem sexo, todos os animais colocam ovos.
Doenças
O caramujo-gigante africano pode ser portador de diversos parasitas. Entre esses, o Achatina fulica: o Angiostrongylus costaricensis e o Angiostrongylus cantonensis.
O primeiro causa a doença conhecida como angiostrongilíase abdominal, que provoca fortes dores no abdome, febre, perda do apetite, vômitos, entre outros sintomas, podendo até mesmo levar à morte. Já o outro verme causa a meningite eosinofílica, ao instalar-se no sistema nervoso central do paciente, inflamando as meninges – membrana que envolve o cérebro e a espinha –, o que pode levar à morte.
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