Edital garante apoio a projetos de popularização da ciência em Sergipe

A Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) divulgou o resultado final da primeira etapa do Edital ‘Olimpíadas de Ciências e Projetos de Popularização da Ciência’, cujo objetivo é estimular ações de divulgação do conhecimento científico. Foram contemplados sete projetos, ligados a três linhas de atuação, que juntos receberão quase R$ 70 mil para o desenvolvimento de suas atividades.

O edital foi lançado em 31 de março e dividido em duas etapas. A primeira, busca apoiar a realização de olimpíadas ou competições de caráter científico nas instituições de ensino do estado e incentivar projetos de popularização de ciência. Além disso, os recursos são destinados a projetos desenvolvidos por órgãos ligados à pesquisa que serão apresentados na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento a ser realizado no mês de outubro.

A segunda etapa prevê o apoio a olimpíadas e a projetos de popularização da ciência. Para essa fase, as propostas devem ser encaminhadas à Fapitec até o dia 30 de setembro. Serão destinados até R$ 60 mil aos projetos

De acordo com o diretor-presidente da Fapitec, Ricardo Santana, os incentivos concedidos pelo Governo são fundamentais para estimular a divulgação científica de forma continuada. “Através dessas iniciativas, contribuímos para tornar as informações acessíveis aos estudantes e estimulamos os pesquisadores a traduzir o conhecimento em experimentos de interesse da população. É também uma forma de discutir a ciência sob um novo olhar”.

Futebol de Robôs

Um dos projetos contemplados com o apoio governamental foi o ‘Despertando Jovens para Ciência através do Futebol de Robôs’, desenvolvido pelos professores do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Eduardo Freire, Elyson Carvalho e Lucas Molina. A proposta busca apresentar a robótica aos adolescentes e jovens do ensino médio de escolas públicas sergipanas, contribuindo para melhorar o aprendizado de matemática e física e promovendo a inclusão digital desses estudantes.

Segundo Eduardo, inicialmente o tema será discutido com o auxílio de um simulador, que pode ser acessado gratuitamente pelo site da Federação Internacional de Futebol de Robôs (Fira). Na segunda etapa, o foco será direcionado à robótica, relacionando os conteúdos ensinados aos estudantes em sala de aula aos projetos de pesquisa desenvolvidos pela universidade. Para isso serão utilizados instrumentos disponíveis no laboratório de iniciação científica do Departamento e diversos componentes eletrônicos de baixo custo.

“Como futebol é uma paixão nacional, sobretudo em ano de Copa do Mundo, e a robótica desperta o imaginário dos jovens, acredito que seremos capazes de estimular a busca pelo conhecimento. Com essa proposta também queremos motivar os alunos do ensino médio a buscar cursos da área tecnológica e desmistificar a imagem de pesquisador/cientista perante a sociedade”, ressalta Elyson.

No total, 13 pessoas estão envolvidas no projeto, das quais três são professores da UFS. A iniciativa também pretende viabilizar a participação do time de futebol de robôs da universidade, o Caboclinhos, na Latin American Robotics Competition, que será realizada no final de outubro em São Bernardo (SP).

“Até o momento, tudo o que fizemos foi usando recursos próprios dos envolvidos ou material que sobrava de outros projetos e já estavam disponíveis. Agora, com esse incentivo, poderemos avançar bastante e levar ao conhecimento da sociedade, que no final é quem financia nossos trabalhos, o que se faz em ciência no nosso país”, explica Lucas Molina.