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Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 22, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) esclareceram os dados divulgados na última terça-feira, 20, sobre o índice de mortalidade no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). O diretor-geral da FHS, Antônio Carlos Guimarães, e a infectologista, Iza Lobo, explicaram que os números divulgados correspondem apenas à Ala Amarela do hospital.

De acordo com os dados apresentados, o índice de mortalidade no primeiro trimestre deste ano na referida ala foi de 50%, enquanto que no primeiro semestre do ano passado o número era de 57,3%. Os leitos dessa ala equivalem somente a pouco mais de 10% do total disponibilizado pelo Huse.

“A informação foi distorcida porque colocou a taxa de mortalidade como se fosse de todo o Huse. Na verdade, essa taxa é de uma área específica, onde ficam os pacientes mais graves e com risco de morte muito maior”, frisou Iza Lobo. Segundo a médica, essa taxa está dentro dos parâmetros nacionais que variam entre 20% e 60%.

A variação das taxas depende da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que é levada em consideração. “Em uma UTI de doenças cardíacas temos uma mortalidade bem menor do que uma UTI de trauma, por exemplo. Nosso índice de mortalidade da UTI Geral é de 34% – menor do que a Ala Amarela. Isso porque na ala atendemos a pacientes de alta gravidade, de idade avançada e muitos morrem em um espaço curto de tempo, por conta das condições que chegaram”, explicou Isa Lobo, que é gerente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Huse.

Atualmente, o Hospital de Urgência atende, em média, mais de 15 mil pacientes por mês no seu Pronto-Socorro. Além disso, por mês, são feitas mais de 1.300 internações nas suas enfermarias e UTI, e são realizadas aproximadamente 600 cirurgias de emergência no seu centro cirúrgico. O diretor-geral da Fundação Hospitalar, Antônio Carlos, lembrou que mesmo com o alto número de atendimentos, o número de óbitos vem caindo. “A redução é progressiva, totalizando nos últimos sete meses 42% de queda”.

O diretor-geral também salientou que a Ala Amarela foi criada nesta administração a partir do conceito de estratificação de risco. “Antes da existência da Ala Amarela, o índice de óbitos era muito mais alto. Hoje, pelo grande esforço do poder público que comprou equipamento, investiu em infraestrutura e em suprimentos, e das pessoas que lá trabalham, muitas pessoas são mantidas vivas. Isso é uma grande conquista social”, destacou.

Ainda segundo Antônio Carlos, vale ressaltar o impacto causado a partir do efetivo funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe). “As pessoas que hoje são tratadas na Ala Amarela, antes nem chegavam ao hospital, quer dizer, morriam fora da unidade. Hoje, elas têm acesso ao atendimento que precisam e, apesar das condições graves em que chegam, metade está tendo uma segunda chance de vida”, enfatizou.

Avanços

Desde 2007, o Governo do Estado está trabalhando para garantir melhorias na saúde. No Huse, por exemplo, o número de leitos para atender aos pacientes críticos passou de 12 para 85. Também reorganizou a utilização do espaço do pronto-socorro conforme o risco e gravidade do doente, implantando o acolhimento com classificação de risco. “Quando o Governo assumiu o hospital, em 2007, havia em torno de 20 monitores e 30 respiradores, que são aparelhos de suporte de vida. Essa quantidade hoje está quadruplicada”, comentou Antônio Carlos.

Além dos investimentos no maior hospital de Sergipe, o Governo tem garantido recursos para unidades do interior. “Temos quatro hospitais regionais que estão sendo completamente reformados e dois que estão sendo construídos. Além disso, contamos com 23 salas de estabilização que têm a função de proporcionar uma melhora num primeiro momento, para que o paciente tenha condição de chegar melhor ao Huse”, destacou Márcio Barretto, coordenador do Núcleo de Atenção Hospitalar e Urgência da SES.

Leia aqui a nota de esclarecimento na íntegra.

 

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