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Alunos do curso de medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS) transformaram o tradicional trote aplicado aos calouros em uma ação solidária. Nesta sexta-feira, 12, cerca de 30 universitários estiveram no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) para participar de uma palestra. Os interessados aproveitaram para fazer o cadastro e a doação de sangue.

“Esta iniciativa dos estudantes é bastante positiva para o Hemose por dois aspectos. O primeiro deles é para mantermos o nosso estoque de sangue e o segundo porque este grupo é formado por futuros médicos, ou seja, profissionais que irão indicar a utilização do sangue”, disse Gustavo Santos Filho, superintendente do hemocentro.

A palestra ocorrida antes da doação foi proferida pela hematologista Maria Aurélia Porto, no auditório do Hemose. Na oportunidade, os universitários puderam se inteirar sobre a doação de sangue e como são utilizados os hemocomponentes, além das estatísticas de doação no Brasil e em Sergipe.

“Enquanto no Brasil a doação espontânea corresponde a 72% do número de doadores, em Sergipe esse percentual é de apenas 39%”, informou a médica, que também falou sobre a doação de medula óssea. “O Brasil é hoje o terceiro país em doação de medula do mundo”, informou.

Após a palestra, os futuros médicos conheceram as instalações do hemocentro e cerca de dez deles fizeram o cadastro, passaram devidamente pela triagem e efetuaram a doação de sangue.

Trote solidário

Com o tema “Medicina: Uma Vida em Doação”, o trote solidário foi uma iniciativa do Centro Acadêmico de Medicina (Camed) da UFS, que organizou a visita ao Hemose, com o apoio da coordenação do curso. “Quando assumimos o Camed encontramos vários panfletos da campanha ‘Doe Sangue, Doe Vida’, então resolvemos fazer disso o tema para recepcionar os novos alunos de medicina”, informou Bruno Garcia, um dos coordenadores do Camed.

O universitário explicou que o tema não ficou restrito à doação de sangue. “Ampliamos para abordar a prática da doação de órgãos e tecidos e também da doação que deve existir do médico para com o seu paciente”.

A ação, segundo ele, também serve para rebater a imagem violenta que se tem da tradição do trote destinado aos calouros.  “Houve uma repercussão muito grande na mídia nas últimas semanas, por conta de trotes violentos praticados em escolas famosas no país, com alunos que humilharam e maltrataram os calouros. Com esse trote solidário, viemos dar uma resposta e mostrar que podemos ter uma semana de brincadeiras e interação, ajudando ao próximo, ao mesmo tempo”, destacou.

“É um bom sinal esta conscientização desde cedo, do quanto é difícil manter os estoques de sangue, que depende de uma doação voluntária e não remunerada”, comentou Gustavo Filho, acrescentando que é muito importante que esses futuros profissionais tenham conhecimento de todo o trabalho que é manter o sangue em estoque e com qualidade.

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