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As metas fixadas pelo Ministério da Educação (MEC) para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), para a quarta série do ensino fundamental, foram atingidas por 90,1% dos municípios sergipanos. Um dos destaques foi Amparo do São Francisco, que surpreendeu ao passar de 2,7 pontos, obtidos em 2005, para 4,0 pontos em 2007. Em relação ao desempenho dos alunos matriculados na oitava série, o estado alcançou 76,5%. A avaliação do Ideb por município foi divulgada na última segunda-feira pelo MEC.

O Ideb é uma fotografia do desempenho dos estudantes da quarta e oitava séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio, obtido nas avaliações realizadas pelo MEC a cada dois anos. A avaliação é feita pela Prova Brasil e Saeb. A média nacional do Ideb alcançada em 2007 é de 4,2 pontos na quarta série do ensino fundamental.  A projeção foi de 3,9.

Na rede estadual de ensino, o Centro de Educação Leonor Barreto Franco, localizado na capital, obteve a maior pontuação, 5,2 pontos. Ainda em Aracaju, após a avaliação das turmas das quartas séries, as escolas Jackson de Figueiredo, Alceu Amoroso Lima, Poeta Garcia Rosa, São Cristóvão, São Lourenço, General Siqueira, São Domingos Sávio, São João Bosco e o Instituto Educacional Santa Terezinha conseguiram uma boa avaliação no Ideb.

No interior, o Colégio Estadual Valter Franco, de Estância, obteve 4,3 pontos, seguido da Escola Eliezer Porto e Profª Izabel Esteves, de Itabaiana, que alcançaram, respectivamente, 4,2 e 4,0 pontos. Ainda, de acordo com o cálculo do IDEB, estão dentre as escolas do estado com turmas de quartas séries com bons resultados, a Dr. Evandro Mendes e Nossa Senhora da Piedade, de Lagarto, João Ribeiro, de Laranjeiras, Sagrada Família, de Neópolis, Prof. Diomedes Silva e Maria do Nascimento Freire, de Socorro, José Amaral, de Pirambu, Sebastião da Fonseca, de Poço Verde, Maria do Carmo Santos e Josué Passos, de Ribeirópolis, Leandro Maciel, de Rosário do Catete e Manoel Passos de Oliveira Teles, de São Cristóvão.

Das turmas de quinta à oitava série avaliadas, as escolas 15 de Outubro e São Domingos Sávio, de Aracaju, Vicente Machado, de Itabaiana, Professor Abelardo Dantas, de Lagarto, Sagrada Família, de Neópolis, Edézio Vieira de Melo, de Santa Rosa de Lima e Emiliano Guimarães, de Malhada dos Bois, conseguiram os melhores índices.

Cálculo

O cálculo do Índice da Educação Básica combina o desempenho dos alunos dos sistemas estaduais e municipais na Prova Brasil com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), provas aplicadas a cada dois anos. A Prova Brasil é um teste de leitura e matemática para turmas de quarta e oitava séries do ensino fundamental (ou quinto e nono anos, nos sistemas de nove anos). Os alunos do ensino médio fazem o Saeb, que também avalia habilidades em Língua Portuguesa (foco na leitura) e matemática (resolução de problemas). O Saeb é uma avaliação por amostra. 

Avaliação

O secretário de Estado da Educação, professor José Fernandes de Lima, fez uma avaliação dos resultados do Ideb e destacou que a atribuição desse índice é muito importante para o país. "Estamos tratando com dinheiro público e precisamos prestar contas à sociedade. A educação pública praticada no Brasil ainda deixa a desejar", afirmou.

De acordo com o secretário, o resultado positivo do Ideb para o ensino fundamental demonstra que a quantidade de ações que vem sendo desenvolvida em Sergipe para esta modalidade é maior do que tem sido feito para o ensino médio. "A aplicação de programas como o Alfa e Beto, que tem um material didático extenso, os trabalhos realizados com os cursos de aceleração de aprendizagem, tais como o Se Liga e Acelera, bem como os programas de qualificação que tratam das séries iniciais, a exemplo do Pró-Letramento, são os principais responsáveis pela melhoria do desempenho. Os professores envolvidos com esses projetos têm demonstrado um grande compromisso com o aprendizado de seus alunos e os bons resultados já começam a aparecer", reforçou.

Ele lembrou, ainda, que a oferta de ensino fundamental em Sergipe é partilhada entre as redes municipais e o Estado. "Convém destacar que os municípios estão fazendo um grande esforço para a melhoria da qualidade desse nível de ensino. Os municípios têm criado os Conselhos Escolares, têm estabelecido planos de carreira do professor e têm investido na organização dos sistemas de ensino", acentuou.

História do aluno

Para ele, essas provas refletem a história do aluno, que pode ser modificada pela melhoria da qualidade do ensino. "Os alunos que estão hoje no 3º ano do ensino médio têm uma história de, no mínimo, de 11 anos de ensino. O desempenho deles traduz tudo o que foi feito ao longo desses 11 anos, portanto, modificar o desempenho dos alunos das últimas séries é mais difícil do que modificar o desempenho dos alunos das séries iniciais. No caso específico de Sergipe, convém acrescentar o fato de que algumas das nossas escolas ainda não estão comprometidas com o sucesso dos alunos. Os esforços que nós realizamos nesse período não foram suficientes para promover o envolvimento das escolas com os resultados. Ainda são poucos os professores que conhecem a sistemática adotada nos testes nacionais, e alguns, por uma orientação totalmente equivocada, acreditam que devem continuar desconhecendo. Esse é um debate que necessita ser trazido a público com mais freqüência", avaliou o secretário, ao comentar a queda do Ideb no ensino médio.

Além disso, conforme o professor Lima, o Ideb leva em consideração o fluxo escolar, ou seja, as taxas de reprovação e abandono. "O ideal é que a escola tenha o máximo de aprovação e o mínimo de abandono e, além disso, seus alunos obtenham boas notas nos testes realizados. Não basta aprovar muitos alunos. É preciso mais alunos aprovados capazes de responder aos testes nacionais", ressaltou.

Ampliar a discussão

Ele afirmou também, que do mesmo modo que precisa discutir com os professores das escolas que não tiveram um bom desempenho, é necessário elogiar aqueles profissionais das escolas que obtiveram sucesso. "O caso do ensino médio é realmente mais complexo, porque há uma indefinição a respeito dos currículos que devem ser ensinados, há um divórcio entre o que é tratado na sala de aula e a realidade dos jovens e há uma necessidade urgente de uma qualificação diferenciada para os professores desse nível de ensino. Somente atacando todas essas questões é que poderemos pensar na melhoria do desempenho dos alunos do ensino médio".

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