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Começaram na última segunda-feira, 12, as aulas da mais nova unidade educacional de ensino profissional do Estado. No Centro de Educação Profissional Agonalto Pacheco da Silva, em Neópolis, 160 alunos de diversos municípios da região do baixo São Francisco, de Sergipe e Alagoas, aprovados após um exame de seleção, já se dedicam ao primeiro dos quatro módulos do curso de Agroindústria. O Centro Educacional, inaugurado n último dia 25 de abril pelo governador Marcelo Deda, foi aberto à comunidade estudantil com uma aula inaugural.

O Centro de Educação Profissional faz parte da nova política educacional adotada pelo Governo do Estado, que visa fortalecer e promover a expansão do ensino profissionalizante em Sergipe. "A unidade de ensino tem quatro salas de aulas, auditório, biblioteca e laboratórios com os melhores e mais sofisticados aparelhos para garantir a qualidade do curso", disse o professor João Lago, diretor da unidade.

Ansiedade

Nesta primeira semana de aula, por todas as áreas do prédio, é possível perceber a ansiedade e a curiosidade dos estudantes do Agonalto Pacheco.  Eles querem conhecer detalhes do que está sendo ofertado pelos professores nas salas de aula ou nos laboratórios de informática, de topografia ou de agroindústria. Para a coordenadora pedagógica, Maria Isabel Nascimento Antunes, esse comportamento é normal, já que muitos deles foram alunos do curso regular e desconhecem a metodologia de um curso técnico profissionalizante.

No primeiro módulo do curso de Agroindústria, os alunos têm acesso às disciplinas ‘Solo – características e fertilidade’, ‘Ergonomia e Segurança no Trabalho’, ‘Código de Defesa do Consumidor’, ‘Estatística Aplicada’, ‘Português Instrumental’ e ‘Sociologia Rural’. A unidade também disponibiliza um trator com 65 cv de potência, equipado com um reboque de capacidade para três toneladas, duas vans e um caminhão que serão utilizados pelos alunos e professores do Centro.

"Durante as minhas aulas, os alunos terão noções de anatomia, fisiologia e psicologia. Eles vão estudar as formas de como se relacionar com os equipamentos de trabalho e entender que o homem não deve se adaptar ao trabalho e sim o trabalho ao homem", explicou Paulo Henrique Barbosa, professor de Ergonomia e Segurança no Trabalho.

A professora de Português Instrumental, Josilene Pereira, ressalta em suas aulas a importância da boa redação. Ela explicou que o trabalho dos futuros técnicos será mais completo se eles apresentarem textos coesos em seus resumos e atas.

Expectativa

Seja por opção, para atender ao mercado de trabalho, para alcançar melhor condições de vida ou para seguir os passos dos pais, jovens e adolescentes estão numa grande expectativa em relação às aulas ofertadas no Centro de Estadual de Educação Profissional Agonalto Pacheco da Silva.

Andréa Silva Araújo, quando não encontra uma carona, anda duas horas para chegar ao Centro. Moradora do povoado Brejo da Conceição, no município de Santana do São Francisco, Andréa, mãe de uma filha de cinco anos, viu na implantação do curso técnico a oportunidade de ter uma vida estável, através de um emprego seguro. Casada com um trabalhador rural, ela já atuou como vendedora de plano funerário e de produtos de beleza, foi professora e fez curso de padeiro, tudo para ajudar na renda familiar. "Todo o sacrifício vai valer a pena, não posso perder essa oportunidade", disse a estudante.

Para assistir as aulas, os alunos Robson Oliveira, Layde Dayana Santos e Daniele Cristina Reis precisam atravessar de balsa ou barco o Rio São Francisco. Moradores do município de Penedo, em Alagoas, eles foram selecionados dentre os 515 inscritos do exame seletivo. Robson, de 18 anos, confessou ser atraído pelas possíveis ofertas de emprego. Já Layde e Daniela, de 18 e 21 anos, vieram em busca de estímulo profissional e novas experiências.

Claudiane Andrade, de 27 anos, escolheu o curso de Agroindústria por opção. Filha de um funcionário de uma indústria de álcool, a estudante aposta na profissão escolhida e prevê que após concluir o curso já estará trabalhando na área. "Estou fazendo o que gosto, então não tem como dá errado", ressalta.

O trabalhador do campo, Rildo Nascimento, de 38 anos, também é aluno do curso de Agroindústria do Agonalto Pacheco. Vivendo da agricultura de subsistência, ele busca na formação técnica a realização do seu trabalho. Rildo disse que pretende concluir o curso e continuar trabalhando no campo como faz desde sua infância, só que, agora, como estará se especializando, espera poder aumentar a renda.

O Centro Educacional

As obras do Centro Estadual de Educação Profissional Agonalto Pacheco da Silva, paralisadas em 2003, foram retomadas em abril de 2007, com a assinatura da ordem de serviço no valor de R$ 2.928.228,54. Os investimentos são oriundos da parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal.
Estão trabalhando na nova escola 51 funcionários entre professores, técnicos administrativos, pessoal de apoio e equipe diretiva.

Outros cursos que serão oferecidos pela unidade de ensino são: Fruticultura, Horticultura, Irrigação e Drenagem, Sementes e Mudas, Defensores Agrícolas, Alimentação Alternativa, Conservação de Alimentos, Informática Básica, Gestão e Trabalho em Cooperativa de Produção e Serviços e Organização de Produção Artesanal.

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