Trabalho de preservação do acervo é constante no Arquivo Público de Sergipe

Grande parte da história do Estado está registrada em milhares de páginas guardadas no Arquivo Público de Sergipe (Apes). São inúmeros documentos de coleções públicas e particulares, que remontam a trajetória política, social, econômica e religiosa do Estado de Sergipe.

Para manter esse acervo disponível para estudantes e pesquisadores, várias iniciativas vêm sendo tomadas pela direção do Apes e pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), pasta responsável pela sua coordenação. Uma dessas ações é a organização do acervo, um trabalho contínuo e ininterrupto, que ocorre diariamente no Arquivo, com o objetivo de manter esses registros conservados por ainda mais tempo.

Segundo o historiador Milton Barboza, que é responsável pelo encaminhamento dos trabalhos, este tipo de ação é fundamental para que o arquivo se mantenha sempre atualizado. “Uma simples limpeza de um documento com um pincel, evita que se gaste futuramente milhões de reais em outras formas de conservação. Por isso estamos sempre reorganizado nosso acervo”, explica.

Novos catálogos

Junto com a organização do acervo, está sendo produzido, desde o ano passado, novos catálogos de consulta para os documentos existentes no arquivo. Fundamentais para que os pesquisadores encontrem os documentos que necessitam, esses catálogos estão sendo atualizados e, assim, auxiliarão ainda mais aqueles que têm no Arquivo Público uma grande fonte de pesquisa.

“Não existe arquivo sem catálogos, e os nossos foram elaborados na década de 70. Desde então a teoria e a prática arquivista mudou e nós passamos a receber novos documentos. Agora com esses novos catálogos iremos nos adequar a moderna teoria arquivista e poderemos inserir as novas aquisições”, explica Milton, ressaltando que os catálogos devem ser lançados em outubro, mês no qual o Apes completa 90 anos de fundação.

A atualização ocorre da seguinte forma: os técnicos separam os documentos, que precisam ser catalogados, fazem uma higienização, digitaliza-os e catalogam, fazendo também uma forma de arquivamento, colocando-os envoltos em uma folha de papel manteiga com PH neutro para manter uma melhor conservação. Posteriormente organizamos tudo em caixas. “Dessa maneira podemos disponibilizar de forma sistematizada, com qualidade e organização, a informação a população”, frisa Gilson Reis.

Reforma

A organização do acervo está sendo realizada de forma a preparar o espaço para a reforma que deve ser confirmada caso o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste) seja aprovado pela Assembléia Legislativa.

O projeto de reforma prevê a substituição de todas as mantas de impermeabilização existentes; serão feitas novas instalações elétricas; revisões das instalações hidráulicas e sanitárias; revisão e recuperação de todas as enquadrarias metálicas; pintura geral; execução de acessibilidade interna, com instalação de um elevador de acessibilidade; execução das instalações de incêndio; entre outros.

“Uma das nossas prioridades para 2013 é dar início a reformas em algumas de nossas unidades. O Arquivo Público é uma delas, pois guarda grande parte da memória do povo sergipano. Após sua total restauração, teremos de volta a sua essência, mostrando a importância de toda essa memória cultural da história de Aracaju”, argumenta a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino.