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Oferecer assistência às mulheres e adolescentes vítimas de violência doméstica e sexual é um trabalho diário e delicado, que requer dos profissionais de saúde conhecimento técnico e práticas humanizadas. No entanto, além desse delicado trabalho, os médicos, enfermeiros e psicólogos, entre outros profissionais que atuam na área, encaram outro tipo de desafio: o de comunicar à sociedade as informações sobre os serviços disponíveis às vítimas de violência e outras informações de interesse à sociedade.

Por isso, 25 profissionais de comunicação social, gestores e técnicos dos serviços da Saúde Sergipe que atuam na atenção a essas vítimas participaram de uma capacitação promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde e o Instituto Patrícia Galvão, nos dias 28 e 29 de julho, no Hotel Aquários.

Com carga horária de 16 horas, a oficina incluiu palestras, debates a respeito do tema e troca de conhecimentos técnicos entre os participantes. Estratégias de abordagem sobre o tema junto aos veículos de comunicação em massa, internet, blogs e redes sociais, principalmente no tocante aos aspectos sociais e éticos norteados pelo campo do direito, também foram abordados durante a capacitação.

Uma das capacitadoras da oficina, a jornalista e socióloga do Instituto Patrícia Galvão Ângela Freitas, destacou a atuação das equipes de saúde em Sergipe. “Sergipe é o 10º Estado que capacitamos esse ano. A escolha foi feita com base nas ações e nos programas de trabalho encabeçados pela SES, divulgados pelo país. O próprio material que a secretaria preparou para a oficina demonstra a preocupação com o tema”, afirmou a jornalista e socióloga.

“A violência doméstica e sexual é um tema penoso, que carrega muito preconceito e o sentimento de naturalização da violência entre a sociedade ainda é grande. Por isso, os próprios profissionais tem dificuldades em quebrar tabus e transmitir com segurança as informações necessárias através da imprensa”, complementou Denise Viola, que também é capacitadora do Instituto Patrícia Galvão.

Comunicação

A diretora de Comunicação Social da SES, Cristina Sampaio, destacou o trabalho educativo priorizado pela Secretaria junto aos profissionais e à população. “Nós trabalhamos a comunicação entre os profissionais da secretaria para que as informações sejam melhor divulgadas junto à imprensa. No entanto, a mídia também precisa se aperfeiçoar de forma geral, para que o assunto não seja trabalhado de forma superficial”, explicou Cristina Sampaio.

A representante do Ministério da Saúde, Liliane Bruno, elogiou a participação dos profissionais durante a capacitação. “O Estado de Sergipe é importantíssimo para integrar toda a rede que envolve a área de saúde da mulher. O debate que realizamos aqui foi bastante qualificado e a participação dos profissionais envolvidos foi muito além dos textos”, elogiou Liliane.

Desafios

A saúde da mulher e direitos reprodutivos envolve temas polêmicos como a violência contra a mulher (em especial a violência sexual e o estupro) e a interrupção da gravidez. Por isso, a delicadeza é necessária, tanto para os profissionais da saúde que recebem as vítimas, quanto para os comunicadores na hora de abordar o assunto.

Nesse sentido, o diretor de Atenção Básica da SES, David Souza, “A violência estabelece um dos nossos maiores desafios enquanto agentes públicos, pois acontece principalmente no espaço familiar. A situação do ponto de vista epidemiológico é gravíssima, mas procuramos enxergar também as pequenas mortes que ocorrem todos os dias, aos poucos, no ambiente dos lares. Nossa tarefa é mostrar às vítimas que elas podem encontrar uma luz através do trabalho de nossos profissionais”, explicou David
Para ele, embora haja uma rede estatal completamente estruturada à disposição da vítima, o silêncio ainda é uma grande barreira a quebrar. “Muitas mulheres não tem acesso às informações, tem medo e dificilmente encontram apoio em outras pessoas mais próximas. Entendemos que a comunicação abre caminhos e é através dela que pretendemos conscientizar a população a respeito de nossas responsabilidades no trabalho de assistência e fomentação às redes”, disse o diretor de Atenção Básica.

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