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Quatro cidades de Sergipe foram escolhidas para participar da 1ª Pesquisa Nacional de Vitimização, lançada na quinta-feira, 1º, pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, em parceria com o PNUD. Serão pesquisados os municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Itabaianinha e Tobias Barreto.
 
Segundo o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, é a primeira vez que o Governo Federal ouve a população sobre condições de vida, os fatores de risco e as percepções de segurança. “Os resultados do levantamento permitirão subsidiar políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de convivência e segurança pública da sociedade brasileira”, enfatizou Barreto.
 
O secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, explicou que no questionário será perguntado se as pessoas foram ou não vítimas de algum tipo de crime e qual o impacto dessa violência em suas vidas. “Essas informações poderão revelar de forma mais precisa a incidência de crimes por áreas e tipos de pessoas mais expostas à violência”, reforçou.
 
Balestreri ainda destacou que os pesquisadores do Instituto Datafolha já começaram a coleta de dados em 300 municípios com mais de 15 mil habitantes. “Serão sete meses de trabalho para ouvir 70 mil pessoas sobre temas como notificação de crimes e atendimento dos órgãos de segurança. A previsão é que os primeiros resultados sejam divulgados em fevereiro de 2011”, garantiu o secretário.
 
Subsídio às políticas públicas de segurança pública
 
A solenidade de lançamento da Pesquisa contou com a presença de autoridades ligadas às atividades de prevenção e repressão à violência e à criminalidade, assim como atendimento às vítimas em todo o Brasil. O secretário de Estado da Segurança Pública (SSP) de Sergipe, João Eloy de Menezes, foi representado pelo secretário-adjunto, coronel PM Aelson Resende Rocha. Também participaram o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Nailson Santos, o sub-chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Genário dos Santos João, e o corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Carlos Frederico Muricy.

Para Resende, a iniciativa será extremamente positiva. “Com os dados levantados será possível mensurar o crime e a violência, investigar as razões da existência da subnotificação de crimes e conhecer os riscos de vitimização em diferentes grupos sociais no país e também em nosso estado”, frisou. Ele acredita que as informações deverão revelar a experiência do crime do ponto de vista das vítimas além de permitir uma avaliação das instituições do sistema de segurança pública. “Hoje as ocorrências policiais não mostram um retrato real de cada tipo de crime já que a maioria das vítimas não registra queixa, dificultando a implementação de políticas públicas mais precisas”, acrescentou.
 
O secretário-adjunto lembrou que estudos internacionais revelam que as pesquisas de vitimização apresentam números até 18 vezes maiores do que os registros em boletins de ocorrências. “O governo brasileiro não podia sentar nos fóruns internacionais e comparar números porque não tinha dados nacionais. Essa pesquisa vai coroar uma nova maneira de fazer segurança pública baseada no conhecimento científico. Além disso, as informações sobre vitimização permitirão definir ações específicas para garantir a segurança de grupos vulneráveis como homossexuais, jovens, idosos e mulheres”, ressaltou.
 
A pesquisa será realizada pelo Datafolha, que conta com a consultoria do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp).
 
Outros estudos

 
Para conferir mais legitimidade à pesquisa, a Coordenação Geral de Pesquisa e Análise da Informação, da Senasp, conta com o auxílio de um Conselho Gestor formado por especialistas no tema, como intelectuais com experiência em pesquisas de vitimização, gestores públicos e secretários de segurança. Esse conselho foi concebido para elaborar o questionário em conjunto com a Senasp, assim como os parâmetros metodológicos da pesquisa. Com a participação dos estudiosos, a Senasp espera que o estudo aborde todas as questões consideradas fundamentais.
 
Universidades, institutos e acadêmicos poderão solicitar o acesso aos dados para a produção de novos estudos a partir de fevereiro de 2011. Os critérios para a seleção dessas instituições serão divulgados em edital no Diário Oficial da União. A ideia é ter vários ‘olhares’ sobre os resultados da pesquisa que contribuam para novas ações governamentais.
 
* Com informações do Ministério da Justiça.

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